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Mulher atada pelos pulsos

As autoridades norte-americanas emitiram um aviso preocupante sobre uma nova tática utilizada por criminosos digitais: a falsificação de cenários de rapto utilizando imagens retiradas das redes sociais das próprias vítimas. O alerta, divulgado esta sexta-feira, detalha como os burlões estão a manipular fotografias para criar falsas "provas de vida" e extorquir dinheiro a famílias em pânico.

Este esquema, classificado como "rapto virtual", não envolve qualquer sequestro real, mas apoia-se inteiramente na manipulação psicológica e digital para convencer as vítimas de que os seus entes queridos estão em perigo iminente.

A ilusão criada pela manipulação digital

Segundo o FBI, o esquema começa habitualmente com uma mensagem de texto enviada para a vítima. Os criminosos afirmam ter raptado um familiar e exigem o pagamento imediato de um resgate para a sua libertação. Para dar credibilidade à ameaça, os atacantes enviam fotos ou vídeos que aparentam ser genuínos, mostrando o suposto refém.

No entanto, estas imagens não são reais. As autoridades explicam que os criminosos recolhem fotografias publicamente disponíveis nas redes sociais e utilizam ferramentas de edição de imagem para criar cenários convincentes. O objetivo é impedir que a família tenha tempo para analisar friamente a situação, criando um sentido de urgência extremo e, muitas vezes, alegando violência contra o familiar se o pagamento não for efetuado no momento.

O FBI nota que, apesar de parecerem reais num primeiro olhar sob stress, uma inspeção mais atenta destas imagens revela frequentemente inconsistências e imprecisões quando comparadas com as fotografias originais confirmadas da pessoa em questão.

Sinais de alerta e como agir

A principal arma destes criminosos é o medo e a pressão temporal. Muitas vezes, utilizam funcionalidades de mensagens temporárias (que desaparecem após alguns segundos) para evitar que as vítimas guardem as provas e analisem as imagens com calma.

Para combater este tipo de fraude, as autoridades recomendam várias medidas de proteção:

  • Definir uma "palavra de código": Estabelecer uma palavra ou frase conhecida apenas pelo núcleo familiar para verificar a identidade ou confirmar situações de emergência.

  • Discrição em viagem: Evitar partilhar detalhes específicos ou informações pessoais com estranhos durante viagens, bem como nas redes sociais em tempo real.

  • Registo de provas: Sempre que possível, tirar capturas de ecrã (screenshots) ou gravar as imagens enviadas pelos criminosos para análise posterior pelas autoridades.

  • Ceticismo saudável: Manter a vigilância ao partilhar informações sobre pessoas desaparecidas online, uma vez que os burlões utilizam frequentemente estes dados para contactar as famílias com falsas informações.

Embora o aviso não especifique o número exato de queixas recebidas, relatos paralelos indicam que estes esquemas têm vindo a evoluir, chegando ao ponto de falsificar (spoofing) os números de telefone dos familiares para aumentar a veracidade do contacto.

Esta informação faz parte de um anúncio de serviço público emitido pelo Internet Crime Complaint Center (IC3) do FBI.




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