
As faturas de telecomunicações vão pesar mais na carteira dos portugueses no próximo ano. As três principais operadoras nacionais — MEO, NOS e Vodafone — confirmaram que irão proceder à atualização dos preços dos seus serviços em 2026, invocando as condições contratuais previstas e o cenário de inflação.
Esta medida, que é transversal ao setor, reflete a necessidade das empresas ajustarem as suas operações aos custos de manutenção e ao investimento contínuo nas infraestruturas de rede.
O que muda na MEO e na NOS
Do lado da Altice, a MEO confirmou que a atualização de preços ocorrerá em 2026, tal como previsto contratualmente. A operadora justifica este aumento como uma medida necessária para garantir a continuidade do "elevado padrão de qualidade" dos serviços e sustentar o nível de investimento na inovação, bem como na expansão das redes móvel e de fibra ótica. No entanto, existem boas notícias para alguns clientes: as marcas Moche (segmento jovem) e Uzo (marca digital) ficam de fora desta atualização e não sofrerão alterações nos preços.
Já a NOS, que no último ano tinha optado por absorver o aumento dos custos sem os refletir na fatura dos clientes, vai adotar uma estratégia diferente para 2026. A operadora realizará um ajuste em "alguns serviços", alinhando essa subida com a taxa de inflação. A empresa destaca o contexto de mercado, onde revisões de preços têm sido a norma, para justificar esta decisão após um período de contenção.
As exceções e datas da Vodafone
A Vodafone Portugal foi a que avançou com detalhes mais específicos sobre o calendário e a aplicação destes aumentos. A atualização de preços entrará em vigor a 9 de janeiro de 2026, sendo o valor calculado com base na taxa de inflação prevista para 2025, até ao seu limite máximo.
A operadora esclarece que a medida visa fazer face aos custos crescentes de manutenção de rede e inovação. Contudo, nem todos os clientes serão afetados da mesma forma. A atualização de preços não se aplicará a:
Novos contratos ou renovações efetuadas a partir de 11 de novembro;
Clientes de serviços pré-pagos;
Tarifários mais recentes, como o RED All In, Yorn Chill e Net+;
Ofertas subscritas durante a campanha de Black Friday.
No que toca ao segmento empresarial, a Vodafone estabeleceu um período de carência. Para novas adesões, refidelizações e upgrades, os preços manter-se-ão inalterados durante os primeiros seis meses, o que significa que qualquer ajuste só será sentido após 8 de julho de 2026.
Para os clientes que desejem verificar os detalhes específicos da sua situação contratual, a operadora disponibiliza mais informações em vfpt.pt/condicoes2026.










Nenhum comentário
Seja o primeiro!