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Windows 11 imagem do sistema

Se tens notado que o teu computador com Windows 11 está a consumir recursos de forma inexplicável, o culpado pode não ser o sistema operativo, mas sim as aplicações que utilizas diariamente. Um número crescente de utilizadores tem reportado um uso excessivo de memória RAM em aplicações baseadas na estrutura Electron, que, em vez de utilizarem recursos nativos do sistema, executam instâncias separadas do Chromium e Node.js para funcionar.

O problema é particularmente notório em softwares populares que, embora práticos, estão a transformar-se em verdadeiros "vampiros" de desempenho, afetando a fluidez da máquina.

O caso do Discord e a solução drástica

O exemplo mais flagrante desta situação é o Discord. Vários utilizadores detetaram que a aplicação ultrapassa facilmente 1 GB de uso de RAM após alguns minutos de funcionamento, levando frequentemente ao aparecimento de um ecrã de erro que encerra todas as conversas e conferências ativas.

Embora um consumo elevado possa ser justificável durante chamadas de vídeo de alta resolução (1080p ou 1440p), o comportamento anómalo reside no facto de a memória não ser libertada após o fim das chamadas.

A empresa está ciente da falha e, em outubro de 2025, iniciou uma nova abordagem para tentar mitigar o impacto nos utilizadores. Numa medida que pode ser considerada pouco ortodoxa, os programadores estão a testar uma funcionalidade que força a aplicação a reiniciar automaticamente quando o consumo de memória atinge níveis críticos, tal como detalhado numa discussão recente no Reddit.

Segundo a equipa do Discord: "Sabemos destes problemas há algum tempo (...) mas neste outono decidimos atacar o problema com tudo. Para esclarecer os detalhes da experiência: Sim, estamos a testar uma reinicialização quando a memória excede 4GB (o uso normal é <1GB)."

WhatsApp e Teams no mesmo barco

O Discord não está sozinho nesta gestão ineficiente de recursos. Outras aplicações essenciais, como o WhatsApp e o Microsoft Teams, enfrentam bugs semelhantes. No caso da aplicação de mensagens da Meta, o consumo de RAM pode disparar acima de 1 GB se o utilizador mantiver conversas com várias pessoas em simultâneo, uma vez que a app mantém os chats carregados na memória.

Este comportamento contrasta com a antiga versão nativa do WhatsApp, que foi recentemente descontinuada, e que apresentava uma gestão de recursos muito mais eficiente. Investigações preliminares sugerem que parte do problema advém do facto de estas aplicações não utilizarem as APIs do Windows para tarefas básicas, optando por soluções que sobrecarregam o sistema.

Custos de desenvolvimento vs. Preço do Hardware

A persistência no uso do Electron, apesar destes problemas de desempenho, tem uma explicação puramente económica. Desenvolver uma aplicação nativa para Windows (geralmente em C++) exige equipas especializadas e manutenção dedicada apenas a essa plataforma. Por outro lado, o Electron permite usar uma base de JavaScript compatível com Windows, macOS e Linux com poucas alterações, reduzindo drasticamente os custos e o tempo de desenvolvimento.

O problema agrava-se com o contexto atual do mercado de hardware. Estamos num período em que o preço da memória RAM está a atingir valores recorde, impulsionado pela procura massiva dos centros de dados focados em IA.

Este conflito de interesses coloca o utilizador final numa posição difícil: as empresas poupam no desenvolvimento de software à custa do desempenho dos computadores dos clientes, que por sua vez enfrentam custos proibitivos para atualizar o hardware. Como resultado, nota-se uma tendência de alguns utilizadores em abandonar o ambiente Windows em favor de sistemas mais otimizados, como o Zorin OS, que recentemente alcançou a marca de 1 milhão de downloads.




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