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chip com logo da nvidia

As autoridades norte-americanas desmantelaram uma operação de larga escala que visava contornar as restrições de exportação de tecnologia avançada. Numa ação conduzida pelo Distrito Sul do Texas, foram apreendidos mais de 50 milhões de dólares (cerca de 47 milhões de euros) em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia que tinham como destino final a China, violando as leis de exportação dos Estados Unidos.

A operação resultou na detenção de dois empresários, incluindo o proprietário de uma empresa sediada em Houston, acusados de contrabandear estes componentes essenciais para o treino e execução de modelos de Inteligência Artificial (IA). Nicholas J. Ganjei, Procurador dos EUA, afirmou, conforme anunciado pelo Departamento de Justiça dos EUA, que esta rede sofisticada representava uma ameaça à segurança nacional ao canalizar tecnologia de ponta para entidades que poderiam utilizá-la contra os interesses americanos.

Uma operação de 160 milhões de dólares

A investigação, que decorre pelo menos desde o ano passado, revelou que o esquema era muito mais vasto do que a apreensão inicial sugere. As autoridades focaram-se na exportação ilícita, ou tentativa de exportação, de GPUs Nvidia H100 e H200 num valor total que ascende a pelo menos 160 milhões de dólares (aproximadamente 151 milhões de euros).

Para conseguir mover este hardware altamente controlado para a China continental e Hong Kong, a rede criminosa recorria a métodos complexos. O esquema envolvia a falsificação de documentos, a classificação incorreta de mercadorias de forma intencional e o uso de "compradores de fachada" (straw purchasers). Num esforço para esconder a origem e a natureza dos produtos, os conspiradores chegavam ao ponto de remover as etiquetas de identificação das GPUs da Nvidia antes do envio.

Ironia nas restrições comerciais

Os chips H200 envolvidos nesta investigação são, curiosamente, os mesmos para os quais a administração Trump anunciou hoje um acordo de partilha de receitas. Este acordo permitiria, em teoria, que a Nvidia vendesse estes componentes a "clientes aprovados" na China, criando um contraste irónico com o mercado negro que as autoridades acabaram de interceptar.

Estes componentes são significativamente mais poderosos do que o chip H20, uma versão especificamente desenhada para cumprir as restrições de exportação dos EUA. No entanto, a produção do H20 terá sido interrompida pouco depois de a administração Trump ter estabelecido o referido acordo com a Nvidia, numa altura em que a China começou a desencorajar fortemente as empresas locais de adquirirem a versão "limitada".

Os acusados enfrentam agora penas que podem variar entre 10 e 20 anos de prisão se forem condenados, num cenário onde a corrida pela supremacia na tecnologia de IA continua a ditar regras comerciais e geopolíticas rígidas.




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