
A guerra pela supremacia na inteligência artificial não mostra sinais de abrandamento e a gigante de Mountain View acaba de fazer mais uma jogada estratégica. A Google anunciou que o Gemini 3 Flash passa a ser, a partir de agora, o modelo predefinido tanto na aplicação Gemini como no modo de pesquisa com IA do motor de busca, substituindo o anterior Gemini 2.5 Flash a nível global.
Esta atualização, confirmada oficialmente pela Google, posiciona este novo modelo como uma solução mais rápida e económica, mas sem sacrificar a "massa cinzenta". Baseado na arquitetura do Gemini 3 Pro — que foi apresentado há apenas algumas semanas — o novo Flash promete democratizar o acesso a capacidades de raciocínio de topo.
O novo equilíbrio entre velocidade e potência
A grande promessa do Gemini 3 Flash reside na sua capacidade de oferecer um desempenho significativamente superior ao seu antecessor, o Flash 2.5, mantendo a agilidade necessária para tarefas quotidianas. Segundo a tecnológica, este modelo não só supera a geração anterior, como consegue atingir resultados comparáveis aos modelos de "fronteira" (topo de gama), incluindo o próprio Gemini 3 Pro e o concorrente GPT-5.2.
Estes avanços surgem apenas seis meses após o lançamento do último modelo Flash, demonstrando o ritmo frenético de desenvolvimento dentro dos laboratórios da Google, especialmente no que toca ao conhecimento de domínios avançados.
Benchmarks e o "Exame Final da Humanidade"
Para sustentar estas afirmações, a Google revelou dados de desempenho que colocam o Gemini 3 Flash em destaque. No benchmark MMMU Pro, o modelo consegue superar o seu "irmão mais velho", o Gemini 3 Pro, em tarefas académicas e de raciocínio.
Talvez o dado mais curioso seja o desempenho no teste Humanity’s Last Exam. O Gemini 3 Flash obteve uma pontuação de 33,7% sem o uso de ferramentas externas, aproximando-se perigosamente dos resultados dos modelos mais robustos e caros do mercado.
"Vibe Coding" com Google Opal
Para além da velocidade bruta, a atualização traz uma novidade interessante para os criadores e entusiastas: a integração da ferramenta experimental Google Opal diretamente na aplicação Gemini.
Esta funcionalidade permite o que a Google denomina de "vibe coding". Na prática, os utilizadores podem criar mini aplicações ("mini apps") através dos Gems, utilizando apenas linguagem natural. O processo é apoiado por um editor visual e uma vista de fluxo baseada em passos, permitindo que mesmo quem não domina código possa materializar ideias funcionais de forma intuitiva.
Disponibilidade para programadores e empresas
O novo modelo não fica restrito apenas aos utilizadores finais da aplicação. A Google confirmou que o Gemini 3 Flash já se encontra disponível para a comunidade de desenvolvimento através da Gemini API, Google AI Studio, Google Antigravity, Gemini CLI e Android Studio.
Para o setor empresarial, o modelo também já pode ser acedido através da plataforma Vertex AI, permitindo às empresas integrar esta nova capacidade de processamento rápido e inteligente nos seus próprios serviços e fluxos de trabalho.










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