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A Alphabet, empresa-mãe da Google, revelou resultados financeiros impressionantes para o segundo trimestre de 2025, que terminou a 30 de junho. A gigante tecnológica alcançou uma receita total de 96,4 mil milhões de dólares (cerca de 88,7 mil milhões de euros), representando um aumento homólogo de 14%. Este crescimento robusto foi impulsionado pelo excelente desempenho de praticamente todas as suas divisões, incluindo a Pesquisa Google, publicidade no YouTube, subscrições, e a plataforma Google Cloud.

De acordo com o relatório oficial de resultados, todos os principais negócios da empresa registaram um crescimento de dois dígitos. A margem de lucro também viu uma melhoria significativa, com o rendimento operacional a atingir os 31,2 mil milhões de dólares (aproximadamente 28,7 mil milhões de euros), um salto de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O motor da Google não abranda: cloud e pesquisa em alta velocidade

O grande destaque do trimestre foi, sem dúvida, o Google Cloud. Esta divisão registou o crescimento mais forte de todas, com um avanço de 32% face ao ano anterior. O impulso vem da crescente adoção da Google Cloud Platform (GCP), que inclui infraestrutura de Inteligência Artificial e soluções de IA generativa. A plataforma de cloud da Google atingiu agora uma receita anualizada que ultrapassa os 50 mil milhões de dólares (cerca de 46 mil milhões de euros).

A aposta na IA está a compensar (e bem)

Sundar Pichai, CEO da Alphabet, mostrou-se visivelmente satisfeito, afirmando que a empresa teve "um trimestre excecional, com um crescimento robusto em toda a empresa". O executivo destacou o papel central da Inteligência Artificial neste sucesso: "A IA está a ter um impacto positivo em todas as partes do negócio, gerando um forte impulso. A Pesquisa apresentou um crescimento de dois dígitos nas receitas, e as nossas novas funcionalidades, como os AI Overviews e o AI Mode, estão a ter um bom desempenho."

O otimismo é tanto que a empresa planeia aumentar o seu investimento em despesas de capital para aproximadamente 85 mil milhões de dólares (cerca de 78,2 mil milhões de euros) em 2025, de forma a responder à forte procura pelos seus produtos e serviços na nuvem.

Gemini mostra os músculos: mais de 450 milhões de utilizadores ativos

Durante a apresentação dos resultados, Sundar Pichai revelou números impressionantes sobre o seu assistente de IA. A aplicação Gemini conta agora com mais de 450 milhões de utilizadores ativos mensais, e o número de pedidos diários cresceu mais de 50% desde o último trimestre. Estes dados posicionam o Gemini como um concorrente de peso no mercado da IA generativa.

O desafio chamado ChatGPT

Apesar do crescimento explosivo do ChatGPT, a Google parece, para já, não ser afetada, graças à solidez financeira da sua pesquisa e ao rápido crescimento do Gemini. No entanto, o desafio a longo prazo mantém-se, especialmente no que toca à capacidade da Google de reter os utilizadores mais jovens, que recorrem cada vez mais a chatbots de IA em detrimento das pesquisas tradicionais.