Recentemente, a Nokia voltou a assumir o controlo dos desenvolvimentos em torno da plataforma Symbian. Ontem um responsável da empresa aproveitou a participação numa conferência em Pequim para dar algumas pistas relativamente aos planos da fabricante para o sistema operativo móvel, que ainda alimenta a grande maioria dos telemóveis fabricados pela empresa finlandesa.

O responsável assegurou que ao longo dos próximos 12 a 15 meses a Nokia pretende lançar entre quatro a cinco novas actualizações para a plataforma, privilegiando uma lógica de melhorias incrementais, por oposição a grandes actualizações, que imponham mudanças muito drásticas na plataforma.

Já no primeiro trimestre de 2011 será lançada uma actualização que incluirá mais de 50 melhorias, onde estará incluída uma tentativa de dar uma interface mais intuitiva ao browser, cita a imprensa internacional. No trimestre seguinte, a Nokia pretende dar nova aparência à interface do sistema e melhorar a experiência do utilizador. Para cumprir estes objectivos pretende introduzir mudanças ao nível do ecrã inicial do sistema operativo e facilitar os processos de actualização de software.

O mesmo responsável revelou algumas novidades relativamente ao hardware, assegurando que no segundo e terceiro trimestre a Nokia pretende também fazer alguns lançamentos de equipamentos suportados em processadores de 1 GHz e com mais memória gráfica.

No terceiro trimestre do ano foram vendidos, de acordo com o Gartner Group, 29,5 milhões de telemóveis com sistema operativo Symbian, contra 20,5 milhões de equipamentos suportados na plataforma Android, a que mais desafia o sistema operativo promovido pelas Nokia actualmente, pelas grandes taxas de crescimento que tem conseguido assegurar.

Para esta contabilidade importa ainda referir que entre 2009 e 2010 a quota de mercado da Symbian recuou de 44,6 para 36,6 por cento, no terceiro trimestre, e no mesmo período as vendas de equipamentos com Android aumentaram em cerca de 19 milhões de unidades. A plataforma promovida pela Google assegura agora uma quota de mercado na ordem dos 25,5 por cento.