A corrida pelos megapixels e pela qualidade de imagem nos smartphones não abranda, com a Sony a marcar recentemente a sua posição ao anunciar um novo sensor de topo. A chegada deste componente elevou a fasquia e gerou curiosidade sobre a resposta da concorrência, nomeadamente da líder de mercado sul-coreana. No entanto, as notícias mais recentes sugerem que a estratégia da gigante tecnológica passará pela continuidade e não pela revolução do hardware.
Estratégia conservadora ou contenção de custos?
De acordo com informações avançadas pelo conhecido leaker Ice Universe, a Samsung não tenciona adotar um novo sensor para o futuro Galaxy S27 Ultra. A fonte indica que a empresa optará por manter, mais uma vez, o componente que tem sido a base dos seus topos de gama nas últimas gerações.
Para contextualizar, o Galaxy S25 Ultra chegou ao mercado equipado com o sensor principal HP2 de 200 MP. Este é exatamente o mesmo componente que está previsto para equipar o Samsung Galaxy S26 Ultra e que já marcou presença nos modelos S23 Ultra e S24 Ultra. Esta decisão reforça uma tendência clara da marca em focar os seus recursos na otimização de software e processamento de imagem, em detrimento de atualizações frequentes e dispendiosas ao nível do hardware da câmara.
A expectativa de que 2027 seria o ano de rutura parece agora desvanecer-se. O projeto de transição para um sensor de 200 megapixels com um tamanho superior (1/1,1 polegadas) terá sido colocado na gaveta. O motivo apontado prende-se com os custos de produção elevados, que afetariam diretamente a margem de lucro da linha Ultra. Mais preocupante para os entusiastas é a indicação de que esta estagnação de hardware poderá estender-se ainda mais no tempo, com os modelos S28 e S29 a seguirem potencialmente o mesmo caminho.
Concorrência avança com novo hardware
Enquanto a estratégia da gama Galaxy parece focar-se na estabilidade, as marcas rivais continuam a apostar na inovação de hardware para captar a atenção dos consumidores. A introdução do sensor LYT-901 pela Sony, com as suas tecnologias avançadas, e a preparação do modelo OVB0D pela OmniVision (possivelmente com 200 MP e um tamanho de 1/1,1 polegadas), mostram que o mercado continua dinâmico.
Estes novos sensores deverão ser a aposta de futuros topos de gama de fabricantes como a Xiaomi e a OPPO, o que aumentará inevitavelmente a pressão sobre a Samsung no segmento premium da fotografia móvel. Resta saber se o refinamento de software será suficiente para manter a competitividade face a um hardware fisicamente superior.
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