Se pensava que os smartphones dobráveis já tinham atingido o seu pico de inovação, a Xiaomi parece ter outros planos. A gigante chinesa está a trabalhar naquele que poderá ser o seu dispositivo mais revolucionário até à data: um telemóvel com três ecrãs, capaz de se desdobrar através de um sistema complexo de dobradiças até atingir as dimensões de um tablet.
Embora a marca já tenha marcado presença no mercado europeu com equipamentos como o MIX Flip, a ambição agora é redefinir completamente o conceito de versatilidade móvel com um formato que desafia os limites atuais da engenharia.
Um salto quântico no design com dobradiça dupla
A base desta inovação reside numa patente registada pela empresa desde dezembro de 2022, que detalha um dispositivo com um ecrã flexível capaz de se dobrar duas vezes. Este mecanismo de dupla dobradiça permite criar três superfícies distintas, transformando o equipamento num híbrido que vive entre o mundo dos smartphones compactos e dos tablets de grande formato.
De acordo com os esboços revelados na patente e as informações que têm circulado, o módulo de câmaras traseiro deverá apresentar uma disposição horizontal, albergando três lentes e um flash LED. Mais do que um simples conceito no papel, o projeto parece estar numa fase avançada de desenvolvimento, tendo sido detetado um número de modelo associado a este dispositivo na base de dados da GSMA, o que sugere que a produção comercial é uma intenção séria da marca.
Previsão de chegada e concorrência feroz
Tudo indica que este novo "monstro" da tecnologia adotará a designação Xiaomi Mix TriFold. Quanto à disponibilidade, as informações mais recentes apontam para um lançamento no mercado algures durante o terceiro trimestre de 2026.
Este movimento da Xiaomi não acontece num vácuo. O mercado de dobráveis está ao rubro, especialmente depois de a Samsung ter dado passos firmes na mesma direção com a sua própria tecnologia de três dobras. A proposta da Xiaomi promete ser mais do que uma novidade estética; pretende ser uma ferramenta de produtividade e consumo multimédia que cabe no bolso, eliminando a necessidade de transportar um tablet separado. Se a marca conseguir manter os seus padrões de qualidade fotográfica e otimização de sistema neste novo formato, 2026 poderá ser o ano da verdadeira revolução nos formatos móveis.
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