O Nano Adblock foi uma extensão lançada em 2019, criada como alternativa ao mais popular uBlock. A grande vantagem desta extensão inicialmente seria o usar uma grande parte do código existente do uBlock, mas contar também com sistemas para contornar os mais populares métodos de “anti-adblock” nos websites e, ao contrário do uBlock, também não contava com qualquer funcionalidade para enviar dados ao gestor da extensão sobre possíveis falhas – algo que atraia os mais aficionados pela privacidade online.
O Nano Defender tinha mais de 200,000 utilizadores ativos na Chrome Web Store, sendo que também se encontra disponível o addon para Firefox.
No entanto, o criador original da extensão revelou recentemente no Github que a gestão e código da mesma iria passar para dois programadores da Turquia, que eram até então desconhecidos e os quais tinham adquirido a extensão. Rapidamente começaram a surgir questões relativamente ao futuro da mesma, que vieram agora a confirmar-se.
A mais recente versão do Nano Defender para Chrome foi recentemente disponibilizada, sendo que conta agora com um novo ficheiro, que além de não surgir no código público da extensão, fornecido no Github, também parece realizar algumas atividades suspeitas.
Raymond Hill, o criador de uBlock, refere que após ser analisado, este ficheiro inclui código que é capaz de reportar diversa atividade da extensão e dos utilizadores para servidores remotos. Uma das atividades que é registada será cada vez que a consola de programação do Chrome é aberta sobre os conteúdos da extensão – o que é normalmente feito exatamente para identificar o que a extensão está a realizar no navegador.
Ou seja, a extensão passou a recolher dados que, até agora, eram o ponto de vantagem em comparação com o uBlock, e permitia uma maior privacidade online. Devido à recolha destes dados, Hill recomenda os utilizadores a desinstalarem o Nano Adblock dos seus navegadores.
De notar que a venda do código pelo criador original da extensão corresponde apenas à extensão para o Chrome, sendo que o addon para Firefox ainda se mantêm no controlo do criador original. No entanto, para evitar problemas, o aconselhado será remover de ambos os navegadores.
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