É bem conhecido que a maioria das redes sociais não aprecia imagens que tenham conteúdos mais “despidos”, mesmo que estes se encontrem dentro que seria considerado permitido nas regras das mesmas.
Conteúdos como arte estão entre os itens que podem ser partilhados nas redes sociais mesmo que tenham conteúdos com corpos ao descoberto. No entanto, mesmo nestas situações, quem partilha estas imagens muitas vezes necessitam de voltar a republicar as mesmas, sendo que filtros e sistemas automáticos continuam a detetar os conteúdos como “proibidos”.
A pensar nisto, alguns museus estão a desenvolver uma forma inovadora de partilharem imagens da sua arte, recorrendo ao OnlyFans. Vários museus de Viena encontram-se a criar contas no OnlyFans, focadas em partilhar imagens que poderiam vir a ter problemas em outras plataformas.
A Oficina do Turismo de Viena, que trabalha em nome de vários museus da região, encontra-se a colocar muitos dos conteúdos mais explícitos dentro de contas do OnlyFans, que é uma plataforma conhecida por permitir este género de conteúdos num formato mais abrangente.
Ao mesmo tempo, os museus colocam sobre a mesa uma ideia igualmente complicada que tem vindo a estar em discussão faz anos: a de imagens explicitas no conceito de pornografia e no conceito de arte. Um dos exemplos de problemas que alguns museus verificaram nas redes sociais ao longo dos anos encontra-se sobre fotos de estatuas do renascimento, que normalmente demonstram pessoas num formato mais explicito.
Em várias ocasiões, plataformas sociais como o Facebook ou Instagram podem marcar estas estátuas como sendo contra os termos da plataforma, e mesmo que o conteúdo seja posteriormente restaurado, isto são passos extra que os gestores dessas páginas necessitam de fazer.
Ainda de forma recente o Museu de História Natural de Viena publicou no Facebook uma imagem de Venus de Willendorf, uma estatua antiga em pedra, com mais de 25.000 anos de existência. No entanto, as imagens da mesma foram removidas pelo Facebook por serem consideradas explicitas.
Usar o OnlyFans para estas criações deixa de lado a possibilidade de os conteúdos serem removidos, ao mesmo tempo que demonstra o impacto que as redes sociais têm vindo a ter para este género de arte.
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