A Google confirmou ter realizado uma forte limpeza dentro do Google Maps, tendo removido perfis de empresas falsas na plataforma. Estes perfis eram criados para depois serem vendidos a terceiros em grupos especializados – contornando algumas das verificações da Google ou permitindo a atacantes tentarem ganhar alguma credibilidade com o nome de falsas empresas.
Segundo o comunicado da Google, os perfis de empresas do Google Maps que foram removidos eram focados para serviços considerados de “urgência”, onde os clientes procuram os mesmos em horas de aflição – como reboques. Estes podem procurar os negócios mais perto de si, e chegar a um desses falsos perfis, de onde se poderia iniciar o esquema.
Uma das técnicas mais usadas passa por usar um número de telefone falso, por exemplo, para uma empresa de reboques, e levar as vítimas a pagarem para o serviço. Obviamente, o pagamento será feito para os autores do esquema, e nenhum serviço é efetivamente fornecido.
Muitos dos endereços do Google Maps que foram removidos são falsos, e eram usados apenas como fachada para os esquemas e para enganar os utilizadores finais.
Muitos destes perfis acabavam por ser colocados à venda em grupos e na dark web, para quem tivesse planos de os usar para esquemas. Como já tinham sido verificados pela Google, e encontravam-se tecnicamente ativos, nada impede de os mesmos serem usados para outros fins.
O esquema é similar ao de um ataque de phishing, mas invés de chegar com uma mensagem SMS ou email, parte dos resultados de empresas do Google Maps.
Segundo a Google, este esquema tem sido cada vez mais vulgar, sendo que em 2023 foram removidos mais de 12 milhões de perfis que eram usados para esta prática. Em 2024 foram bloqueados mais de um milhão de contas usadas para a mesma tarefa.
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