Numa altura em que a maioria dos fabricantes aposta em sistemas de câmaras cada vez mais potentes e numerosos, a Honor parece estar a remar contra a maré, resgatando um conceito do passado para o reinventar. A fabricante chinesa revelou que está a desenvolver um novo smartphone com um braço mecânico articulado para a câmara, uma abordagem que visa demonstrar as suas capacidades no campo da Inteligência Artificial.
Este design invulgar, apelidado de "telemóvel robótico", faz parte de um investimento colossal de 10 mil milhões de dólares que a empresa planeia aplicar em IA ao longo dos próximos cinco anos. De acordo com a CNBC, a ideia é que o braço mecânico ofereça novas e interessantes possibilidades para a captura de imagem e vídeo, potenciadas por software inteligente.
Ainda que a Honor não tenha divulgado muitos pormenores sobre o produto, é provável que mais detalhes sejam revelados durante o Mobile World Congress do próximo ano. Esta não é a primeira vez que a marca explora formatos pouco convencionais, tendo já lançado um smartphone dobrável excecionalmente fino e um computador portátil com uma webcam destacável.
A ideia de uma câmara retrátil ou articulada também não é totalmente nova, com equipamentos como o OnePlus 7 Pro a utilizarem um mecanismo pop-up há vários anos. No entanto, a abordagem da Honor parece ser mais complexa. Apesar do potencial inovador, a inclusão de um braço mecânico levanta questões sobre a sua durabilidade, os custos de fabrico e a suscetibilidade a falhas mecânicas, desafios que a empresa terá de superar para convencer o mercado.
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