
Prepare a carteira, pois há más notícias para quem planeia comprar um novo smartphone ou placa gráfica topo de gama nos próximos anos. A TSMC, a gigante taiwanesa responsável pela produção dos processadores mais avançados do mundo, planeia aumentar os preços dos seus chips mais sofisticados entre 5 a 10 por cento em 2026.
Este aumento terá um impacto direto nos produtos de gigantes tecnológicas como a Apple, Nvidia e Qualcomm, o que significa que os seus futuros equipamentos eletrónicos ficarão mais caros.
O porquê do aumento de preços
Segundo uma nova reportagem do DigiTimes, a decisão da TSMC é motivada por uma combinação de fatores. As tarifas impostas pela administração Trump nos Estados Unidos, que visam incentivar a produção interna de semicondutores, as flutuações cambiais e os desafios de eficiência na cadeia de fornecimento global são os principais responsáveis por esta subida.
O aumento de preços irá afetar os processos de fabrico mais avançados, nomeadamente os de 5nm/4nm, 3nm e 2nm. Em contrapartida, a TSMC poderá oferecer alguns descontos nos seus processos de fabrico mais antigos. A empresa já terá notificado os seus parceiros sobre as alterações iminentes.
Apple na linha da frente: iPhone 17 e 18 impactados
A Apple, sendo uma das maiores clientes da TSMC, será uma das mais afetadas. O processo de 2nm da fabricante está previsto para ser lançado em 2026, com a produção em massa a arrancar no final de 2025. A gigante de Cupertino já terá reservado cerca de 50% de toda a capacidade de produção desta nova tecnologia.
A futura série iPhone 17 utilizará o processador A19, fabricado no processo de 3nm, mas a Apple já reservou a capacidade de 2nm para o chipset A20 Pro, que deverá estrear-se com a linha iPhone 18.
Qualcomm e Nvidia também na lista
O impacto não se limitará à Apple. A Qualcomm também utilizará o processo de 2nm da TSMC para a próxima geração de chips Snapdragon, que equiparão os futuros telemóveis topo de gama com sistema Android. Da mesma forma, a Nvidia depende fortemente da TSMC, o que sugere que as próximas gerações de placas gráficas também sentirão o efeito deste aumento de custos, que acabará por ser refletido no preço final para o consumidor.