
A Xiaomi continua a dar passos firmes no sentido de garantir a sua independência tecnológica. Novas informações sugerem que a gigante chinesa está a avançar com o desenvolvimento da série Xiaomi 17S, uma linha de smartphones que deverá servir de plataforma de lançamento para a próxima geração dos seus processadores proprietários.
Segundo avançou o conhecido leaker Smart Pikachu, a empresa está a trabalhar internamente no chip XRING O2, reforçando a estratégia de reduzir a dependência de fornecedores externos como a Qualcomm.
A aposta contínua no silício próprio
A linha "S" da Xiaomi tem vindo a posicionar-se como um campo de testes crucial para as ambições da marca no design de chips. A fonte recorda que o Xiaomi 15S Pro marcou um momento importante ao introduzir o chipset XRING O1, substituindo o habitual processador da Qualcomm numa atualização de meio de ciclo.
Embora o design do hardware se tenha mantido semelhante, essa transição provou que a Xiaomi é capaz de criar um chip de alto desempenho competitivo, estabelecendo as bases para o que aí vem. Com o desenvolvimento da série 17S, a marca não encara estes lançamentos como experiências isoladas, mas sim como um compromisso a longo prazo para criar um ecossistema de hardware mais otimizado e independente.
O que esperar do XRING O2
As fugas de informação indicam que o futuro chip XRING O2 está a ser desenvolvido com base nos núcleos "Travis" da ARM, esperando-se melhorias notáveis tanto no desempenho bruto como na eficiência energética face à primeira geração.
No entanto, criar um processador completo é uma tarefa complexa. O relatório aponta que o desenvolvimento da banda base (o componente responsável pelas comunicações de rede) ainda está em curso. Dada a complexidade destes componentes, não se espera que a série Xiaomi 17S chegue ao mercado antes de 2026. A empresa parece estar a priorizar a estabilidade e o refinamento do produto em vez de apressar o lançamento desta nova arquitetura.
Exclusividade na China e estratégia global
Tal como aconteceu com a geração anterior focada nestes testes de silício, tudo indica que a série Xiaomi 17S será exclusiva do mercado da China. Esta abordagem permite à marca validar e aperfeiçoar as suas novas arquiteturas num ambiente controlado antes de considerar uma expansão massiva.
Para os utilizadores internacionais, a estratégia mantém-se inalterada por enquanto. Os topos de gama globais da Xiaomi deverão continuar a equipar as plataformas Snapdragon da Qualcomm, garantindo a compatibilidade e o desempenho a que os consumidores ocidentais estão habituados, enquanto o projeto XRING amadurece no mercado doméstico.