Em Março de 2018, um carro autónomo da Uber, que se encontrava em testes pela empresa, esteve envolvido num acidente fatal com um pedestre nos EUA. Agora as autoridades poderão ter chegado à conclusão que a causa do acidente terá sido relacionada com vários erros e problemas associados ao software dos automóveis.
De acordo com a NTSB, o software utilizado pela Uber nos seus veículos autónomos não estariam a conseguir reconhecer situações de pedestres a passarem fora dos locais apropriados para tal. A analise ao registo do acidente demonstra que o software apenas reconheceu o peão no acidente cerca de 1.2 segundos antes do impacto, altura em que já era demasiado tarde para reagir.
A NTSB afirma mesmo que o software da Uber tinha várias falhas que poderiam levar à falta de segurança para com peões, como é o caso de não ser capaz de reconhecer os mesmos caso não fosse nos locais apropriados para tal – por exemplo, numa passadeira.
O sistema da Uber terá sido capaz de reconhecer o peão no ambiente em que se situava seis segundos antes do impacto, mas apenas o reconheceu efetivamente como tal 1.2 segundos antes do acidente. Durante este espaço de tempo, o software não foi capaz de reconhecer o que era visto como um “objeto” na estrada e não como uma pessoa.
Nos meses que antecederam o acidente fatal, a Uber esteve envolta em 37 outros acidentes, dos quais 33 terão sido terceiros a embater contra os carros de teste da empresa. A empresa voltou a iniciar os testes de carros autónomos em Dezembro de 2018, mas apenas depois de todo o software ter sido revisto e recriado, com as várias melhorias já integradas.
As autoridades já terão absolvido o caso diretamente contra a Uber, mas o condutor do veiculo de teste poderá ser responsabilizado pela falta de reação face à situação – tendo em conta que o mesmo encontrava-se a gerir o veiculo durante o teste da empresa e teria a responsabilidade de reagir caso o software falhasse.
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