Durante anos a tecnologia tem vindo a ajudar pessoas com dificuldades a realizarem tarefas que, para alguns, podem ser consideradas como simples ou banais. Escrever um pequeno texto pode ser bastante fácil, mas para pessoas com paralisia pode tornar-se uma tarefa consideravelmente complicada ou mesmo impossível.
No entanto, um grupo de investigadores encontram-se agora a desenvolver um novo sistema que, brevemente, poderá ajudar este grupo de pessoas a escrever de forma consideravelmente mais simples.
Investigadores da Universidade de Stanford desenvolveram um novo sistema que é capaz de analisar os sinais do cérebro e o movimento dos olhos para permitir a escrita de texto com uma velocidade consideravelmente superior às tecnologias que existiam até agora.
Esta tecnologia tenta converter os sinais de escrita manual enviados pelo cérebro como sendo texto regular no ecrã, além de usar os olhos para verificar também para encontrar a posição certa de escrita e o conteúdo a escrever.
Os investigadores afirmam ter realizado alguns testes com um participante de 65 anos – apelidado de sujeito T5 – que ficou paralisado num acidente do pescoço para baixo em 2007. Segundo os testes, com a implementação de um chip perto da superfície cerebral, os investigadores conseguiram analisar os sinais enviados e capturar os mesmos para traduzir em texto com bastante precisão, simulando como se o paciente estivesse realmente a escrever um texto à mão.
Nos primeiros resultados, o paciente conseguiu escrever cerca de 18 palavras por minuto, com uma precisão de 94.1%. Comparativamente, uma pessoa regular é capaz de escrever cerca de 23 palavras por minuto num smartphone, o que demonstra um grande avanço na tecnologia.
No entanto, este novo sistema ainda se encontra numa fase bastante inicial de desenvolvimento, e como tal ainda necessita de mais estudos antes de ser algo que venha a ser aplicado publicamente.
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