A Intel encontra-se a realizar mudanças nas suas linhas de produção e estrutura da empresa, sendo que a divisão focada para a fundição – que é normalmente associada com o desenvolvimento de chips – ficará independente da empresa mãe.
Numa nota enviada recentemente aos funcionários, Pat Gelsinger, CEO da Intel, confirmou que a mudança faz parte dos planos de restruturação da Intel para os próximos tempos. Esta medida surge menos de um mês depois da Intel revelar que iria cortar 15% da sua força de trabalho.
Gelsinger afirma que, ao transformar a entidade numa empresa subsidiária da Intel, esta poderá permitir desbloquear novos e importantes benefícios para a mesma, que podem ajudar a empresa como um todo para o futuro.
Uma das principais vantagens encontra-se na capacidade da entidade vir a beneficiar de apoios financeiros externos com mais facilidade.
O CEO afirma ainda que a estrutura da direção da Intel não vai ser modificada, mas que a nova entidade subsidiária vai contar com a sua própria direção, responsável por algumas das principais tarefas da mesma. A Intel encontra-se mesmo a ponderar colocar esta nova entidade como uma empresa de capital aberto inteiramente separada da empresa mãe.
De notar que estas mudanças surgem depois da Intel ter investido um valor estimado de 25 mil milhões de dólares na fundição, nos últimos dois anos, embora isso não se tenha traduzido em lucro direto para a empresa. Ao mesmo tempo, surge também da necessidade da Intel se destacar no mercado, e criar uma competição direta com outros fabricantes, como a TSMC e Samsung.
De relembrar que a empresa apresentou, nos seus mais recentes relatórios financeiros de Abril, perdas de 7 mil milhões de dólares. Este valor é superior aos 5.2 mil milhões registados em igual período do ano anterior. Teve ainda uma receita de 18.9 mil milhões de dólares, que corresponde a uma queda de 31% face a 2022.
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