A saga em torno do futuro do TikTok nos Estados Unidos parece estar longe de um desfecho. O Presidente Donald Trump planeia prolongar, uma vez mais, a suspensão da proibição da popular aplicação de vídeos, segundo avança o The Wall Street Journal. A decisão surge numa altura em que as negociações para a venda das operações americanas da app continuam num impasse.
O impasse nas negociações continua
A anterior extensão da pausa, concedida por Trump a 4 de abril, tinha como objetivo dar mais tempo ao TikTok, aos seus potenciais compradores americanos e ao governo chinês para chegarem a um acordo viável. Contudo, desde então, poucos ou nenhuns progressos foram registados.
O prazo atual para a aplicação da medida termina a 19 de junho e, dado o estado das negociações, a probabilidade de um acordo ser alcançado até essa data é extremamente reduzida. A situação tem sido ainda mais complicada pelas voláteis tarifas alfandegárias que a administração Trump tem procurado impor a produtos fabricados fora dos EUA, uma política que começou a 2 de abril e que chegou a incluir uma tarifa de 125% sobre todos os bens provenientes da China.
Espera-se que os dois países retomem as negociações comerciais num futuro próximo, de acordo com o The New York Times, mas não houve qualquer menção pública de que a venda do TikTok seja uma peça central nessas discussões.
Oracle continua na corrida, mas sem avanços à vista
Apesar da incerteza, vários investidores mantêm o interesse em adquirir uma participação na versão norte-americana da aplicação. Entre os interessados destaca-se a gigante de software Oracle, que já possui uma relação comercial com o TikTok, sendo um dos seus fornecedores de serviços de cloud.
No entanto, a falta de um caminho claro para a concretização do negócio tem mantido todos os potenciais compradores em espera, aguardando por um sinal verde que tarda em chegar.
O historial de uma proibição adiada
Para contextualizar, a proibição do TikTok nos Estados Unidos entrou oficialmente em vigor a 19 de janeiro de 2025. O TikTok tentou contestar a medida judicialmente, mas o Supremo Tribunal acabou por manter a decisão, o que levou à primeira ordem executiva de Trump para suspender a proibição, emitida logo a 20 de janeiro, dando início a este longo período de incerteza.
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