A escalada de tensão entre Israel e o Irão, um dos dez maiores produtores de petróleo a nível mundial, já está a provocar consequências diretas no bolso dos consumidores portugueses. O receio de novos aumentos levou a que, durante a noite de domingo, se formassem longas filas em diversos postos de abastecimento por todo o país.
O impacto na carteira dos portugueses
Confirmando as previsões da semana anterior, os preços sofreram um agravamento significativo. De acordo com os dados partilhados pela plataforma Mais Gasolina, o gasóleo simples foi o mais afetado, com um aumento de 6,5 cêntimos por litro. Já a gasolina simples 95 viu o seu preço subir 2,4 cêntimos por litro.
Com esta atualização, o preço médio de referência para o gasóleo simples em Portugal fixa-se agora nos 1,535 € por litro, enquanto a gasolina simples 95 passa a custar, em média, 1,691 € por litro.
Como reagiram as principais gasolineiras?
As principais operadoras do mercado nacional ajustaram rapidamente os seus preçários. Tanto a BP como a Repsol aumentaram o preço da gasolina simples em três cêntimos e o do gasóleo simples em oito cêntimos. Por sua vez, a Galp aplicou uma subida de 2,5 cêntimos no litro da gasolina e de 7,5 cêntimos no do gasóleo.
A base de cálculo e as medidas fiscais
É importante recordar que estes preços têm por base os valores médios comunicados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) na passada sexta-feira, 20 de junho. Estes valores já incluem os descontos comerciais praticados pelas gasolineiras e o efeito das medidas de mitigação do governo, que se mantêm em vigor desde 2022.
Apesar de o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) ter subido três cêntimos por litro no início do ano, essa subida foi compensada por uma descida na taxa de carbono, resultando numa manutenção da carga fiscal global sobre os combustíveis. No entanto, os valores finais na bomba podem sempre variar ligeiramente, dependendo do posto de abastecimento.
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