Por menos do que o preço de um MacBook Pro totalmente equipado, já é possível comprar o mais recente robô humanoide da Unitree, batizado de R1. A empresa está a pedir 5.900 dólares (cerca de 5.450 euros em conversão direta) por uma máquina com aproximadamente 1,20 metros de altura, 25 kg de peso e equipada com um Grande Modelo Multimodal para lidar com tarefas complexas.
Um ginasta bípede com muito potencial e poucas aplicações práticas
Para que servirá o R1? Para já, a resposta é um mistério. A Unitree afirma que o seu robô é "totalmente personalizável" e demonstrou as suas capacidades num vídeo que o exibe a fazer o pino, dar cambalhotas, praticar boxe, executar pontapés circulares e até a correr por uma colina abaixo. No entanto, a empresa não forneceu exemplos de qualquer utilização prática.
Este robô de baixo peso está equipado com uma câmara de visão ultra-ampla e um conjunto de quatro microfones para o ajudar a reconhecer vozes e imagens. A conectividade está a cargo de Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.2. Não é difícil imaginar um futuro onde os utilizadores programem o R1 para funcionar como um mordomo robótico e tratar de tarefas diárias, algo que a Meta também estará a explorar. Contudo, a Unitree parece ter outras ideias, promovendo um torneio de luta invulgar que faz lembrar uma versão menos polida do filme "Real Steel" de 2011, sugerindo que será possível colocar dois R1 a lutar um contra o outro.
Preço agressivo promete agitar o mercado da robótica
O novo R1 representa um ponto de entrada muito mais acessível do que o robô humanoide anterior da Unitree, o G1, cujo preço começa nos 16.000 dólares e que foi demonstrado na CES 2025 com resultados algo desastrosos. Embora o preço abaixo dos 6.000 dólares do R1 possa ser considerado elevado para o consumidor comum, é significativamente mais barato em comparação com outras opções semelhantes. O robô Optimus da Tesla, por exemplo, deverá ter um custo de pelo menos 20.000 dólares. É importante notar que os valores em euros são baseados numa conversão direta, e o preço final em Portugal, caso venha a ser comercializado, seria certamente influenciado por taxas e custos de importação.
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