O Google Earth está a receber uma atualização que promete revolucionar a forma como interagimos com os dados do nosso planeta, integrando novas funcionalidades de conversação com Inteligência Artificial. A plataforma, que já tinha introduzido uma interface de chat em 2024, permite agora que os utilizadores façam perguntas diretas em linguagem natural para obter análises geoespaciais complexas.
Com esta novidade, torna-se possível fazer perguntas como “encontra proliferações de algas” numa determinada região ou “analisa o risco de inundação” numa zona específica. A ferramenta, construída sobre a framework Gemini da Google, combina múltiplos modelos de IA para cruzar dados meteorológicos, de população e de satélite.
O que é o “raciocínio geoespacial”?
A Google descreve esta capacidade como “raciocínio geoespacial”. Na prática, permite que a Inteligência Artificial (IA) relacione eventos, como tempestades ou secas, com os seus potenciais impactos humanos e ambientais. O sistema consegue estimar que áreas poderão ficar inundadas, quantas pessoas poderão ser afetadas e que infraestruturas correm o risco de falhar primeiro.
A gigante tecnológica anunciou a novidade no seu blog oficial da Google, explicando que o objetivo é tornar a análise de dados complexos mais acessível.
Quem pode usar e para quê?
De momento, estas novas funcionalidades estão disponíveis para um grupo restrito de testadores e para utilizadores dos planos Gemini Pro e Ultra nos Estados Unidos, prevendo-se uma expansão para mais contas profissionais em breve.
Organizações como a GiveDirectly já estão a utilizar a IA do Google Earth para localizar as famílias que mais necessitam de ajuda após a ocorrência de desastres naturais. A Google afirma que planeia alargar o acesso a estas ferramentas à medida que a implementação avança, o que poderá transformar a resposta a crises humanitárias e a análise ambiental.
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