Os Mobile Payments, um tema em destaque na conferência da APDC, são uma das últimas tendências de mercado em Portugal e no mundo.
O tema dos Mobile Payments está incontornavelmente na lista das últimas tendências de mercado não só em Portugal como no mundo. Para já antecipa-se crescimento, numa fase em que é claramente reconhecida a crescente penetração de smartphones e tablets a preços cada vez mais competitivos, em que os produtores garantem a evolução tecnológica dos equipamentos e em que se assiste ao investimento em redes móveis cada vez mais rápidas.
Neste contexto, em Portugal, a PT volta a estar à frente do desenvolvimento depois de ter anunciado, a 20 de março, o aranque do projeto piloto TMN Wallet (veja aqui a notícia). Na mesma semana, a Associação Portuguesa das Comunicações põe o tema dos Mobile Payments em destaque numa conferência, realizada a 22 de março, em Lisboa, que juntou representantes dos diversos players com interesses manifestos neste mercado.
Tiago Silva Lopes, da Direção de Dados e Conteúdos Multiplataforma, foi um dos participantes deste debate que teve como moderador José Gomes Ferreira, subdiretor de Informação da SIC, e em que também marcaram presença representantes do Millenium BCP, Google Portugal, Vodafone Portugal, Grupo SIBS, Optimus e Visa Europe.
Na conferência, Tiago Silva Lopes começou, precisamente, por alertar que os portugueses já têm alguns hábitos de compra através do telemóvel, e deu o exempo da compra de waiting rings e ringtones para telemóvel. Mas agora novas oportunidades se abrem com o lançamento do serviço TMN Wallet, que "possibilita a realização de compras através de quatro tecnologias: SMS, SSD, NFC e QRCode", nesta primeira fase direcionado apenas para colaboradores da operadora líder de mercado. Para todos os diversos players, o NFC é sem dúvida a tecnologia que mais rapidez e eficiência aporta nos pagamentos móveis, no entanto, referiu Tiago Silva Lopes, para a PT era incontornável a aposta nas outras tecnologias. Não só porque só agora começam a surgir no mercado equipamentos habilitados com esta tecnologia, mas acima de tudo porque a PT está presente locais, nomeadamente no continente africano, em que o pagamento através de SMS e SSD são mais adequados à realidade dos mercados. Nesta fase, refere o diretor, a PT tem como prioridade "conhecer melhor a tecnologia para a disponibilzar" e, em segundo lugar, compreender e analisar "as implicações sociais que estas novas tecnologias podem trazer".
Mas a verdade é que o mercado está a mudar, o que acaba também por ser um reflexo do valor acrescentado que serviços como este geram. Convém não esquecer, destaca o diretor, que os smartphones sao aparelhos mais inteligentes e que vêm, no fundo, permitir a realização de mais operações do que as possibilitadas pelos cartões de pagamento.
Por outro lado, com esta tecnologia é possível, salvaguardando todas as condições de privacidade e segurança, saber em tempo real onde as pessoas andam para assim lhes ser garantido valor
acrescentado em termos de consumo, nomeadamente possibilitando-lhes o acesso a promoções através do telemóveis.
Finalmente, o TMN Wallet, no futuro, não se irá apenas resumir a um serviço que veio substituir o dinheiro, mas permitirá a integração de outros cartões de pagamento, de cartões de fidelização, abrindo-se um leque diversificado de oportunidades e de vantagens para os consumidores.
Na conferência, todos os stakeholders presentes reconheceram que os pagamentos móveis trazem mais comodidade para quem paga e mais eficiência para quem recebe, traduzindo-se no contexto global do país numa oportunidade de geração de riqueza e de aumento do Produto Interno Bruto, de acordo com José Gomes Ferreira.
Trata-se acima de tudo de um negócio seguro e fiável, suportado através de um equipamento com o qual as pessoas se sentem confortáveis, que traz comodidade, conveniência e valor acrescentado ao cliente. A apetência dos portugueses para acompanhar estas tendências é conhecida e a realidade comprova que cada vez mais operações são realizadas com o telemóvel e que o seu uso é comprovadamente crescente.
Na conferência ficou ainda em destaque o facto de uma percentagem significativa de transações de baixo custo serem realizadas em dinheiro, o que significa que há uma margem importante de crescimento para os pagamentos móveis. A vantagem para as economias é que serviços como o TMN Wallet vêm incentivar uma economia formal, na medida em que permitem o conhecimento de todas as transações realizadas pelos consumidores, o que se traduz em criação de mais riqueza para os países.
O grande desafio nesta fase passa pela definição do ecossistema e coordenação dos players deste negócio, de modo a que possa ser acelerada a introdução da tecnologia no mercado quer na vertente do cliente, quer na vertente dos retalhistas.
Fonte: Portugal Telecom