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As autoridades norte-americanas encontram-se a deixar, mais uma vez, o alerta sobre a empresa Kaspersky, considerado a mesma como um potencial risco para a segurança norte-americana. A empresa foi recentemente adicionada na lista de empresas vigiadas pela FCC, nos EUA, devido a encontrar-se sediada na Rússia.

A decisão encontra-se sobretudo associada com o facto que a Kaspersky Labs encontra-se sediada na Rússia, e como tal possui ligação direta com o governo Russo, o qual nos últimos tempos tem vindo a sofrer várias pressões de diferentes mercados devido à sua invasão da Ucrânia.

A inclusão da Kaspersky nesta lista indica que a empresa se encontra proibida de receber o suporte da FCC pelo Universal Service Fund. De momento a empresa ainda pode vender os seus produtos e serviços no pais, mas é importante relembrar que a mesma já teria sido banida do uso de dispositivos associados com o governo norte-americano faz alguns anos.

As autoridades consideram que esta medida irá proteger os utilizadores e as infraestruturas do pais de possíveis ataques de espionagem do governo Chinês e Russo, através do uso de empresas sediadas localmente.

Em comunicado, a Kaspersky afirma que está desapontada com a decisão da Comissão Federal de Comunicações dos EUA, de proibir certos subsídios federais relacionados com a compra de produtos e serviços da Kaspersky. "Esta decisão não se baseia em qualquer avaliação técnica dos produtos Kaspersky - que a empresa defende continuamente - mas antes devido a questões políticas."

Esta sublinha ainda que "sustenta que as proibições decretadas pelo Governo dos EUA, no ano de 2017, que impedem os organismos e fornecedores federais de utilizar produtos e serviços Kaspersky, são inconstitucionais, tendo por base alegações não sustentadas, omitindo provas públicas de irregularidades por parte da empresa".

É ainda referido que "Como não surgiram provas públicas que justifiquem essas proibições desde 2017, e a atual Declaração da FCC refere-se especificamente à determinação do Departamento de Segurança Interna referente há cinco anos, a Kaspersky acredita que esta decisão de proibir as entidades de receberem subsídios relacionados com as telecomunicações da FCC, é igualmente infundada e é uma resposta à situação geopolítica e não uma avaliação imparcial dos produtos e serviços da Kaspersky".

A terminar, a entidade afirma que "A Kaspersky continuará a assegurar a todos os seus parceiros e clientes a qualidade e segurança dos seus produtos, e permanece ainda disponível para cooperar com as agências governamentais dos EUA, de forma a responder às preocupações apresentadas pela FCC e por qualquer outra agência reguladora", bem como a empresa "acredita que a transparência e a implementação contínua de medidas é primordial para demonstrar o seu compromisso com a integridade e a fiabilidade dos seus produtos e serviços a todos os clientes".