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O preço baixo encontrado para o computador do programa e-escolinha surpreendeu a Zon, afirmou esta quarta-feira Rodrigo Costa, presidente da operadora, no conjunto de respostas dadas à Comissão de Inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis (FCM).

"Surpreendeu-me como se conseguiu chegar a um computador com um preço tão baixo", declarou Rodrigo Costa, presidente da Zon, a propósito do valor estipulado para o portátil que seria distribuído às crianças do 1º Ciclo.

"O preço era muito competitivo", garantiu, tendo declarado aos deputados que antes de 30 Julho, altura em que foi assinado o memorando de entendimento para o e-escolinha, já havia ideia de que se pretendia um computador muito barato.

Rodrigo Costa precisou que antes de 30 Julho houve duas reuniões, dias 22 e 25 de Julho, tendo o presidente da Zon estado presente na segunda, onde estavam vários operadores, o ministro Mário Lino e o secretário de Estado Paulo Campos.

Nessas reuniões "foi debatida a ideia", especificou Rodrigo Costa, dizendo que não foi aí dado o preço exacto, mas a ordem de grandeza dos valores. "Na altura falou-se de variadíssimas marcas", declarou referindo não se lembrar se o Magalhães foi mencionado.

Rodrigo Costa adiantou, ainda, que o convite para a Zon participar no e-escolinhas foi feito pelo Governo, a que se juntou a vontade da operadora em participar num projecto considerado "importante para o País em termos sociais".

O interesse foi sobretudo de notoriedade e não pelo lucro. "Através desta iniciativa, participámos em algo que é importante para o País em termos sociais, por isso o balanço é positivo".

Nos dados fornecidos à comissão parlamentar, Rodrigo Costa avançou que a Zon entregou 34.500 Magalhães, tendo apenas 330-340 compradores pedido os serviços de acesso à Internet móvel da Zon.

Por cada uma destas ligações, a operadora pagava 212 euros à Fundação. A estes valores acresce um milhão de euros disponibilizado inicialmente para o programa.