
A Xiaomi consolidou a sua posição no mercado global não apenas pela qualidade dos seus dispositivos, mas também por uma estratégia de marketing que, frequentemente, parece espelhar os movimentos da sua maior rival norte-americana. Agora, novos rumores sugerem que a gigante chinesa prepara-se para alterar novamente a sua numeração para não ficar para trás na "corrida" dos nomes.
Segundo informações avançadas pelo Gizmochina, a Xiaomi poderá ignorar o lançamento de um "Xiaomi 19" e saltar diretamente para o Xiaomi 20 em 2027. Esta decisão surge no seguimento de relatórios que indicam que a Apple planeia lançar o iPhone 20, saltando também o número 19, como forma de celebrar o vigésimo aniversário do seu emblemático smartphone.
A obsessão pelos números e o efeito "Pro Max"
Enquanto a Apple terá uma justificação comemorativa para a mudança, a motivação da Xiaomi parece ser puramente competitiva: a marca não quer ter um número inferior ao da concorrência no nome dos seus topos de gama. Esta não seria uma atitude inédita para a empresa liderada por Lei Jun. Recorde-se que, num passado recente, a fabricante já tinha saltado da série 15 diretamente para a atual linha Xiaomi 17, numa tentativa clara de alinhar a sua nomenclatura com a do iPhone.
Além da numeração, a adoção de sufixos característicos da Apple tornou-se norma no ecossistema da marca chinesa. Atualmente, a designação "Pro Max" já não é exclusiva da Apple, figurando em modelos como o Xiaomi 17 Pro Max e estendendo-se às suas subsidiárias, com equipamentos como o Redmi K90 Pro Max e o futuro POCO X8 Pro Max, que se encontra em desenvolvimento para o mercado global.
Concorrência direta ou falta de identidade?
Ainda que a Xiaomi não tenha confirmado oficialmente estes planos para 2027, a estratégia alinha-se com a postura pública da empresa. Lu Weibing, presidente do Grupo Xiaomi, tem defendido estas opções como uma forma de posicionar a marca como uma concorrente direta do iPhone, especialmente no mercado doméstico da China, onde a batalha pela perceção do consumidor é feroz.
Para os utilizadores, estas "danças de cadeiras" com os números podem gerar alguma confusão, mas para a Xiaomi, a prioridade parece ser clara: garantir que, na prateleira ou na mente dos consumidores, os seus smartphones pareçam tão atuais e avançados quanto os da Apple, nem que para isso seja necessário reescrever a matemática das gerações.