O que faz perder performance com o uso é o sistema de ficheiros. À metida que o tempo passa e vai usando o computador, é possível que os ficheiros fiquem fragmentados (isto é, um bocadinho num canto, outro noutro canto, etc....). Para quem tem um disco mecânico, isto implica o acesso físico aos dados, rodar os discos até que fiquem por baixo da agulha que faz a leitura, ler os dados, voltar ao próximo canto onde estão os ficheiros, etc....
Por esta razão é que é importante a desfragmentação. O que faz a desfragmentação é alocar cada ficheiro todo num espaço seguido no disco, e isto faz com que, num disco normal, se note um aumento no desempenho.
Claro que não é assim tão simples...
O Windows utiliza um sistema de ficheiros (uma norma sob a qual os ficheiros são arquivados no disco) que é propensa à fragmentação. Melhor dito, é muito mais propenso à fragmentação de ficheiros que o SO GNU/Linux, ou o MacOS. Esta é uma das razões pela qual o Windows fica aquém dos outros sistemas de operação, no que toca ao desempenho.
Mas não notamos falha na performance apenas por essa causa, notamos também porque ocupamos mais espaço em disco conforme o tempo vai passando, o que por si só também diminui a performance, por razões que demorariam um pouco mais de tempo a explicar.
Os SSD's são diferentes, no sentido em que o tempo de acesso aos dados é desprezável enquanto que nos discos normais era várias ordens de grandeza superior. É por esta razão que são MUITO mais velozes que os discos normais. É sem dúvida um dos melhores upgrades que se pode fazer a um portátil, por exemplo.
Mas nem tudo são vantagens. Devido às próprias propriedades de como são armazenados, os discos têm um número estimado de escritas e ultrapassando esse limite é possível que deixem de conseguir armazenar consistentemente os dados que lá são escritos. Logo, passando X anos e Y ciclos de escrita, o disco tem uma unidade de controlo que detecta quais os sectores que estão a chegar ao seu fim de vida e proíbe a escrita nesses sectores. O resultado são menos e menos blocos disponíveis para escrita, que embora nos primeiros discos SSD se traduzia em poucos anos de vida, recentemente foi feito um avanço na tecnologia e é agora possível que cada bloco de escrita tenha um número extraordinário de ciclos de escrita (leia-se tempo de vida). Escolha um SSD por exemplo da série PRO da Samsung e é possível que um disco desses lhe dure uma década, ou mais.
Conclusão:
O tempo de vida de um SSD depende das escritas no disco, e se não depender de downloads e cópias de ficheiros regulares, vale a pena investir (na minha opinião) tendo em conta a diferença na performance. No entanto, mesmo perdendo blocos para escrever ao longo do tempo, a performance não deverá ser afetada, visto que não é dependente de peças móveis ou externas; em vez disso, é dependente de um circuito eléctrico....
Espero que consiga ler e perceber tudo..