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Paramount

A saga pela aquisição de um dos maiores estúdios de Hollywood está longe de terminar. A Paramount Skydance recusa-se a atirar a toalha ao chão e avançou com uma atualização agressiva à sua proposta de compra da Warner Bros. Discovery (WBD). Numa tentativa de travar o acordo já encaminhado com a Netflix, a nova oferta coloca em cima da mesa 108 mil milhões de dólares (cerca de 103 mil milhões de euros) e uma garantia pessoal de peso vinda diretamente do fundador da Oracle.

A nova investida surge poucos dias após a administração da WBD ter recomendado, a 17 de dezembro, que os seus acionistas rejeitassem a proposta inicial da Paramount em favor da oferta da gigante do streaming, avaliada em 82,7 mil milhões de dólares.

A cartada de Larry Ellison para desbloquear o negócio

O principal trunfo desta proposta revista é a inclusão de uma "garantia pessoal irrevogável" de Larry Ellison, no valor de 40,4 mil milhões de dólares. O fundador da Oracle e pai de David Ellison (CEO da Paramount Skydance) surge assim como o fiador de último recurso, numa manobra desenhada para eliminar as dúvidas financeiras que levaram à rejeição inicial.

Anteriormente, o conselho da WBD tinha manifestado preocupações quanto à estrutura de financiamento da Paramount, que dependia em parte de fundos soberanos de nações como a Arábia Saudita e o Catar. Apesar das promessas iniciais de cobrir eventuais falhas destes financiadores, a WBD considerou o risco demasiado elevado.

Para mitigar estes receios, a nova proposta inclui um acordo formal onde o magnata da tecnologia se compromete a não "revogar" ou "transferir adversamente" ativos do fundo fiduciário da família Ellison enquanto a transação estiver pendente. Esta garantia pessoal foi identificada pela WBD como a única forma de sanar as fragilidades da oferta.

Frustração com a Netflix e novos termos na mesa

Apesar de ceder às exigências, a Paramount não escondeu o seu descontentamento com a forma como o processo foi conduzido. A empresa alega que a necessidade de uma garantia pessoal nunca foi levantada durante as 12 semanas de negociações que antecederam o acordo da WBD com a Netflix, que a Paramount classifica como "inferior".

David Ellison reafirmou que a sua proposta de 30 dólares por ação, totalmente financiada em dinheiro, continua a ser a melhor opção para maximizar o valor para os acionistas. O executivo promete ainda que esta aquisição serviria como um catalisador para aumentar a produção de conteúdos e a oferta cinematográfica do grupo.

Para além das garantias financeiras, a oferta revista iguala agora os termos da concorrência noutros aspetos: a "taxa de rescisão regulatória inversa" foi aumentada de 5 mil milhões para 5,8 mil milhões de dólares, alinhando-se com os valores propostos pela Netflix. A nova oferta da Paramount tem validade até ao dia 21 de janeiro de 2026, deixando a decisão final novamente nas mãos dos acionistas e reguladores.




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