Este novo sistema do Facebook dá aos utilizadores a possibilidade de escolher a ferramenta de comunicação que querem usar – e que não tem de ser necessariamente a mesma que está a ser usada pela pessoa do outro lado da conversa.
Por exemplo, um utilizador pode enviar um e-mail para alguém que o recebe no sistema de chat do Facebook, e que pode usar essa ferramenta para responder de imediato. As mensagens também podem ser entregues e enviadas via SMS, através do sistema de mensagens que o Facebook já disponibiliza ou através da aplicação para o iPhone e telemóveis com sistema Android.
O Facebook vai ainda disponibilizar um sistema de e-mail (com endereço a terminar em @facebook.com) para os utilizadores que o queiram – mas este é um serviço opcional e o sistema funciona com serviços de e-mail de outras empresas. A ferramenta também pode ser usada com sistemas de chat que não o do Facebook.
"As pessoas devem partilhar como quiserem", argumentou o director de engenharia do Facebook, Andrew Bosworth, que partilhou o palco com Zuckerberg para a apresentação, em São Francisco. “O nosso objectivo é que seja uma conversa”.
Zuckerberg, por seu lado, quis afastar a ideia de que o Facebook quer concorrer com os serviços de e-mail já existentes: “Este é um serviço de mensagens que integra o e-mail. Não esperamos que alguém acorde um dia e diga: ‘Vou fechar a minha conta no Yahoo Mail ou no Gmail e passar tudo para o Facebook".
O fundador e presidente executivo do Facebook, porém, defendeu que “um sistema moderno de mensagens não é o e-mail”. E acrescentou: “Talvez daqui a meio ano, um ano, dois anos as pessoas comecem a dizer: ‘Ei, é assim que as coisas deveriam ser’”.
De uma forma semelhante ao que já acontece com o acesso aos dados pessoais, os utilizadores poderão também decidir quem lhes pode enviar mensagens: toda a gente, apenas os "amigos", ou os “amigos dos amigos”, uma funcionalidade que não existe nos serviços convencionais de e-mail.
Para além disto, os utilizadores poderão aceder a um histórico completo das trocas de mensagens nas várias plataformas.
A disponibilização do novo serviço será “lenta”, notaram os responsáveis. Por ora, o acesso será feito apenas através de um sistema de convites.
Com este serviço, o Facebook tem mais uma ferramenta para fazer com que os utilizadores passem ainda mais tempo dentro da rede social, em vez de estarem noutros sites – e este tempo de atenção é uma métrica fundamental para o mercado da publicidade online.
Público