A Apple tem vindo a destacar-se no mercado cada vez mais pelo seu foco na privacidade, com os seus sistemas e programas a pretenderem ser o mais centrados possíveis na privacidade dos utilizadores. Mas ainda assim podem existir casos que nem a empresa consegue controlar de recolha de dados dos utilizadores.
Pelo menos é isso que afirma Matthew Green, especialista em encriptação da Johns Hopkins University, que acusa a Apple de aproveitar o Safari para recolher informação dos utilizadores e enviar estes dados para servidores localizados na China.
De acordo com as descobertas de Green, a Apple começou a recolher alguma informação do Safari a partir do lançamento do iOS 13, enviando esses dados para servidores da empresa localizados na China. Um dos servidores descobertos encontra-se sobre a empresa Tencent, uma gigante chinesa, e apesar de não ser uma prática incomum de ser feita, levanta questões por se localizar os servidores em solo chinês.
Os dados enviados para este servidor fazem parte dos sistemas de segurança do Safari, nomeadamente da ferramenta que analisa os sites visitados pelos utilizadores a fim de verificar se possuem conteúdos maliciosos ou outro género de ameaças para os mesmos. Isto será algo similar ao que a Google realiza com o Chrome e a funcionalidade “Google Safe Browsing”, mas no caso da Apple a empresa também utiliza o Tencent Safe Browsing para este fim.
Apesar de se tratar de um serviço útil para os utilizadores finais, é importante relembrar que os sites acedidos pelos utilizadores a partir do Safari são também enviados para estes sistemas, para servidores localizados na China. Apesar de a Tencent Safe Browsing ter as suas próprias políticas de privacidade, o especialista afirma que ainda existe um certo risco na prática que pode afetar negativamente a privacidade e segurança dos utilizadores.
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