Praticamente todos os mercados tem vindo a ser afetados desde o início da pandemia do coronavírus. Mas até mesmo quem utiliza o YouTube como meio de sustento tem vindo a verificar uma queda considerável nas receitas dos seus conteúdos ao longo das últimas semanas.
De acordo com os dados do New York Times, apesar de as visualizações de conteúdos no YouTube terem aumentado mais de 15% desde o início da pandemia, os anunciantes da plataforma estão a pagar consideravelmente menos para colocarem os seus anúncios no serviço, e os afetados no final serão os criadores de conteúdos, que registam quebras consideráveis nos rendimentos face a esta situação.
Carlos Pacheco, um gestor de mais de 180 canais do YouTube com um total de 68 milhões de subscritores combinados em diferentes géneros de conteúdos, afirma que apesar de as visualizações dos conteúdos nos canais que gere terem vindo a aumentar, os ganhos das receitas caíram quase 50% desde o início de Fevereiro de 2020.
Os dados mais recentes da IAB também apontam que um em cada quatro anunciantes da plataforma colocaram os seus anúncios em pausa desde o início da pandemia. Além disso, 46% dos anunciantes do YouTube também terão reduzido drasticamente o investimento na plataforma.
Com menos anúncios, existe menos publicidade para apresentar aos utilizadores finais, e também menos ganhos para os criadores. Um vídeo que tenha muitas visualizações não quer imediatamente dizer que seja também rentável para os seus criadores, e isto é visível nos últimos meses com as quedas constantes de rendimentos em conteúdos virais.
De notar que este problema é algo que se verifica em praticamente toda a indústria. Cada vez menos os anunciantes estão a colocar online as suas publicidades, o que leva a uma grande queda nos rendimentos a partir destas fontes. Não apenas no YouTube, a mesma situação ocorre um pouco por toda a publicidade na internet – incluindo mesmo os meios de media tradicionais, como jornais, Tvs e revistas.
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