O Facebook tem vindo a revelar nos últimos tempos medidas para combater a propagação de conteúdo de ódio e de desinformação na plataforma, no entanto, as ações reais da empresa parecem estar a ter pouco efeito.
Tanto que agora as autoridades francesas lançaram um novo caso contra a rede social por “falsas declarações” no que respeita às medidas de proteção aplicadas no Facebook.
A Reporters sans frontières, ou RSF, revelou ter processado o Facebook por alegadamente o mesmo violar as regras em França associadas com o código do consumidor, realizando promessas enganadores relacionadas com o combate à desinformação e mensagens de ódio.
Enquanto que o Facebook se apelida por tentar tornar a sua plataforma “segura” e “livre de erros”, a RSF argumenta que, em segundo plano, esta continua a permitir a partilha e propagação de ódio e desinformação.
Um dos exemplos deixados pela entidade encontra-se relacionado com a desinformação sobre as vacinas, onde o Facebook é considerado pelas autoridades francesas como um “centro” de teorias da conspiração e de partilhas de conteúdos enganadores – estando no centro da origem de muitas das teorias atualmente na Internet sobre o COVID e o processo de vacinação.
Além disso, a RSF aponta ainda casos onde vários jornalistas são atacados diretamente pela plataforma com mensagens de ódio, deixando como exemplo a declaração da UNESCO ao considerar a rede social uma das “mais inseguras” para jornalistas do sexo feminino devido aos conteúdos de ódio lançados.
Não existem garantias que este caso venha a ter sucesso, mesmo com as alegações deixadas pela entidade. No entanto, a confirmar-se uma batalha legar com resultados positivos para a RSF, isso poderá ter impacto para a plataforma a nível mundial, tendo em conta que os termos de serviço da mesma são similares nos diferentes países.
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