Uma nova variante do malware FakeCall foi descoberto, afetando sistemas Android no mercado, e tendo o potencial de intercetar chamadas dos utilizadores feitas pelos seus dispositivos. Este malware pode ser usado para direcionar as chamadas dos utilizadores para certas entidades, de forma a irem diretamente para os atacantes.
Um dos exemplos encontra-se em chamadas feitas para contactos de entidades bancárias, onde estas podem ser redirecionadas para telefones diretamente respeitantes aos atacantes, e de onde se pode proceder à recolha de dados sensíveis.
O malware foi inicialmente descoberto pela Kaspersky em Abril de 2022, mas as suas atividades foram sendo alargadas durante os meses seguintes. O malware tenta enganar as vítimas, fazendo-as pensar que estão a ligar para uma parte, quando na realidade estão a ligar para os atacantes.
A versão original o malware enganava as vítimas ao reencaminhar as chamadas, e colocando uma imagem sob o número de telefone, dando a impressão que os mesmos estavam a ligar para o telefone correto. Além disso, o malware tinha ainda a capacidade de recolher dados de som e vídeo dos dispositivos, que poderiam ser usados para ainda mais roubos.
No entanto, com as variantes mais recentes, descobertas pela empresa de segurança Zimperium, o malware encontra-se bastante mais evoluído, tendo a capacidade de se fazer passar como a app de gestão de chamadas do sistema, e tendo assim mais controlo das mesmas, sem necessitar de truques para enganar as vítimas.
O ataque começa assim que as vítimas instalam o malware nos seus dispositivos, e onde este tenta obter permissões para controlar as chamadas do dispositivo. Nesse momento, este passa a ter controlo para manipular tanto as chamadas recebidas como as realizadas, fazendo-as passar por diferentes filtros, reencaminhamentos ou alterações silenciosas.
O que torna este malware tão perigoso encontra-se exatamente no fato de este ser totalmente transparente para as vítimas. Estas pensam estar a ligar para um lugar, e isso é visível diretamente no próprio número de telefone, mas não é realmente o que acontece.
A nova variante do malware possui ainda a capacidade de roubar dados dos dispositivos, e de recolher as imagens do ecrã, bem como o áudio do mesmo. Este pode ainda ter acesso aos dados das mensagens, das apps e dos ficheiros no sistema.
Como sempre, uma das formas de garantir a segurança passa por evitar a instalação de apps de fontes inseguras ou desconhecidas. Este malware propaga-se sobretudo por fontes de terceiros, como sites que fornecem acesso a apps pagas de forma gratuita.
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