O CEO e cofundador do Discord, Jason Citron, encontra-se a deixar o cargo na empresa, que vai agora ser ocupado por Humam Sakhnini, antigo executivo da Activision Blizzard. Apesar da saída de Citron do cargo de CEO da plataforma de mensagens, este ainda irá permanecer no quadro de direção da mesma.
Além disso, Stanislav Vishnevskiy, CTO do Discord e também um dos cofundadores da plataforma, irá manter-se no cargo atual.
Na sua mensagem de despedida do cargo, Citron aponta que um dos objetivos iniciais do Discord foi criar uma plataforma que interligasse os utilizadores em torno dos videojogos, algo que a empresa tem vindo a manter-se fiel. O mesmo afirma que a sua missão foi, desde o primeiro dia, focar-se neste tema, e que se encontra confiante que a liderança de Humam irá ajudar a manter esse foco no futuro.
Embora tenha sido inicialmente focado para uso centrado em jogos, a plataforma de mensagens tem vindo a focar-se cada vez mais na sua vertente social para além destes, e desde a pandemia que é vista como uma rede social em larga escala, com mais de 200 milhões de utilizadores ativos mensalmente em todo o mundo.
Apesar desta mensagem, a saída de Citron pode estar também centrada em futuros planos para a plataforma. Os rumores apontam que o Discord pretende tornar-se uma empresa pública em breve, e para tal, necessita de uma liderança forte. Embora Citron se tenha demonstrado capaz de realizar a atividade, Humam poderá ser uma escolha mais acertada do ponto de vista estratégico.
Antes de trabalhar na Activision, Humam foi presidente da King Digital, editora que criou o famoso Candy Crush e vários outros jogos para dispositivos móveis. Eventualmente a editora foi adquirida pela Activision Blizzard, mas Humam manteve-se no cargo nos anos seguintes.
Faz também alguns meses que os rumores apontavam que o Discord poderia estar em conversações para ser adquirido pela Microsoft, embora nada concreto tenha sido revelado a partir dai, para além do valor teórico da compra na casa dos 10 mil milhões de dólares. Apesar de o negócio não ter avançado, poucas semanas depois o Discord recebia a integração direta com as consolas da Sony e da Microsoft.
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