Após um 2024 que apresentou desafios significativos, a Samsung Foundry está a intensificar os esforços para revitalizar a sua linha de processadores Exynos e garantir um regresso competitivo ao mercado o mais rapidamente possível. Uma das mais recentes medidas, segundo fontes internacionais, passa pela adoção interna do modelo de inteligência artificial Llama 4, recentemente lançado pela Meta.
Até agora, a gigante sul-coreana utilizava um modelo de IA próprio para apoiar o desenvolvimento de semicondutores. No entanto, informações indicam que este modelo interno não se revelou tão eficiente ou capaz como algumas das alternativas externas disponíveis. A decisão de implementar o Llama 4 sublinha o forte empenho da Samsung em tornar os processadores Exynos uma peça central e competitiva no futuro dos seus dispositivos.
Utilização interna e focada na segurança
É importante notar que o Llama 4 será utilizado exclusivamente de forma local, dentro da infraestrutura da Samsung, sem ligação ao exterior. Esta abordagem visa minimizar drasticamente os riscos de potenciais fugas de dados ou propriedade intelectual. A IA estará disponível para os funcionários como ferramenta de apoio em diversas tarefas, que vão desde o processamento de documentos e gestão de informação até ao complexo processo de design de chips. A expectativa da Samsung é que o Llama 4 contribua para acelerar significativamente o desenvolvimento e otimização dos Exynos.
Rumo aos 2nm e ao Exynos 2600
Esta aposta na IA surge num momento em que a Samsung Foundry estabilizou recentemente o seu processo de fabrico de 3nm e já iniciou os trabalhos nos seus processos de 2nm. Depois de rumores apontarem para uma possível utilização exclusiva de processadores Snapdragon em toda a gama Galaxy S25 a nível global, a Samsung tem como objetivo claro apresentar o Exynos 2600, fabricado potencialmente no processo de 2nm, com a futura linha Galaxy S26. Os progressos no desenvolvimento deste chip de 2nm parecem estar a correr a bom ritmo.
A inspiração na estratégia da Apple
A Apple, principal rival da Samsung no mercado móvel, tem colhido frutos da sua estratégia de utilizar chips próprios, conhecidos como Apple Silicon, nos seus iPhones, Macs e outros dispositivos. Esta abordagem permite à empresa de Cupertino alcançar uma maior integração entre hardware e software, resultando frequentemente em excelente desempenho e eficiência energética. A Samsung ambiciona replicar um sucesso semelhante com os Exynos, que historicamente têm apresentado alguma dificuldade em competir diretamente com os seus homólogos Snapdragon em termos de performance e otimização.
A integração da IA Llama 4 no processo de desenvolvimento poderá ser um passo crucial para a Samsung diminuir essa lacuna e alcançar a sinergia desejada entre o seu hardware e software. Resta agora aguardar para ver se esta aposta na inteligência artificial permitirá à Samsung recolocar os Exynos no patamar de excelência que a empresa almeja.
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