A Comissão Europeia deu hoje um passo importante no combate à perseguição online, lançando uma consulta pública e um convite à apresentação de provas. A iniciativa visa recolher contributos para o desenvolvimento de um Plano de Ação da União Europeia (UE) contra o ciberbullying, cuja implementação está planeada para o início de 2026.
Os números que motivam esta ação são preocupantes: segundo dados do próprio executivo comunitário, quase um em cada seis adolescentes afirma já ter sido vítima de ciberbullying. Por outro lado, um em cada oito jovens admite já ter praticado este tipo de assédio online.
Participe e dê a sua opinião até setembro
Todos os cidadãos e entidades interessadas podem submeter as suas opiniões e experiências até ao dia 29 de setembro. A pensar nos mais novos, a Comissão irá ainda disponibilizar, durante o mês de setembro, uma versão da consulta totalmente adaptada para crianças, garantindo que as suas vozes são ouvidas neste processo.
O objetivo é recolher o máximo de informação possível para construir uma estratégia eficaz e abrangente que responda aos desafios atuais da segurança no mundo digital.
Proteção de menores como foco principal
O futuro plano de ação terá como grande prioridade a proteção dos menores, que representam o grupo mais vulnerável. No entanto, a estratégia não se ficará por aqui, abordando também outras dimensões críticas do ciberbullying.
Serão tidas em conta questões de género e a especial vulnerabilidade de certos grupos de jovens com idades até aos 29 anos, procurando criar um ambiente online mais seguro para todos.
Uma peça no puzzle da segurança digital
Este plano de ação não surge isoladamente. Vem complementar um conjunto de medidas que a Comissão Europeia já tem em curso para proteger e capacitar os mais jovens no ambiente digital.
Entre estas medidas destacam-se as orientações e ações focadas na proteção de menores ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais, bem como o desenvolvimento de uma solução europeia para a verificação de idade online, reforçando o arsenal da UE contra os perigos da internet.
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