A Meta começou a confrontar os utilizadores do Facebook e Instagram em Portugal com uma escolha decisiva: pagar uma mensalidade para navegar sem publicidade ou consentir no uso dos seus dados pessoais para receber anúncios personalizados. Esta nova abordagem está a gerar polémica e já atraiu a atenção dos reguladores europeus.
Pagar pela privacidade ou ceder dados: as opções da Meta
O modelo, denominado "Pagar ou Consentir", foi implementado pela gigante tecnológica em 2023 e está agora a ser apresentado de forma mais direta aos utilizadores. As opções são claras e têm implicações distintas para a experiência em cada plataforma.
A primeira opção consiste numa subscrição mensal de 7,99 euros. Ao aderir, o utilizador deixa de visualizar qualquer tipo de anúncio no Facebook e no Instagram. Mais importante ainda, a Meta compromete-se a não tratar os dados pessoais desse utilizador para fins publicitários.
A segunda opção mantém o acesso totalmente gratuito às redes sociais. No entanto, em troca, o utilizador tem de aceitar que a empresa utilize os seus dados para direcionar publicidade. Isto inclui informações sobre a atividade nas plataformas, os contactos, os dispositivos utilizados e outros dados relevantes para criar um perfil de consumo para as marcas.
Comissão Europeia de olho no modelo e ameaça com multa
A estratégia da Meta não passou despercebida em Bruxelas. Em julho de 2024, a Comissão Europeia emitiu alertas à empresa, manifestando preocupações de que o modelo "Pagar ou Consentir" possa violar a Lei dos Serviços Digitais (DSA).
Os reguladores europeus estão a analisar se esta abordagem pressiona indevidamente os utilizadores a aceitar a partilha de dados, comprometendo a liberdade de escolha. Caso se confirme a infração, a Meta arrisca-se a enfrentar mais uma multa pesada por parte da União Europeia.
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