A mais recente versão da popular framework web React, a Next.js 16, foi oficialmente lançada, trazendo consigo um foco renovado na velocidade e na experiência de desenvolvimento. As grandes novidades incluem um novo modelo de cache, a promoção do Turbopack a motor padrão e uma série de melhorias que prometem otimizar a forma como as aplicações são construídas e navegadas.
Turbopack como novo padrão: Foco na velocidade
A grande estrela desta versão é o Turbopack, que abandona a sua fase beta para se tornar o empacotador (bundler) padrão e estável. Na prática, isto traduz-se numa experiência de desenvolvimento local (Fast Refresh) entre 5 a 10 vezes mais rápida e compilações (builds) até cinco vezes mais céleres.
Para complementar este ganho, o Turbopack introduz também um sistema de cache no sistema de ficheiros, ainda em fase beta, que promete reduzir drasticamente os tempos de arranque e compilação, especialmente em projetos de grande dimensão. A novidade foi detalhada no blog oficial do Next.js, que destaca o impacto destas melhorias no dia a dia dos programadores.
Um novo modelo de cache para mais rapidez
Outra das grandes apostas do Next.js 16 é um novo modelo de componentes de cache que utiliza renderização parcial (Partial Pre-Rendering) e cache do lado do cliente. Esta combinação acelera significativamente a navegação entre páginas nas aplicações. A gestão dos limites de rede também foi repensada, abandonando a abordagem de middleware para uma nova solução com proxy.ts, tornando estas fronteiras mais claras na estrutura dos projetos.
As otimizações no sistema de roteamento, que agora incluem a anulação de duplicação de layouts e pré-carregamento incremental, resultam numa navegação mais rápida e eficiente para o utilizador final.
Melhorias para os programadores e novas APIs
A pensar na experiência de programação, a nova versão integra o compilador de React, permitindo memorização automática. O suporte para o React 19.2 traz ainda compatibilidade com as mais recentes funcionalidades, como as View Transitions e useEffectEvent().
As ferramentas de desenvolvimento (Devtools) foram expandidas, com suporte para o Model Context Protocol (MCP), que oferece mais opções de depuração e visibilidade sobre os fluxos de trabalho. Foram também implementados registos (logs) mais refinados, tanto para as compilações como para as sessões de desenvolvimento local.
No que toca a APIs, destaca-se a introdução da Build Adapters API (em fase alfa) e uma nova função updateTag() nas APIs de cache, juntamente com várias alterações que quebram a retrocompatibilidade, como o comportamento de parâmetros assíncronos e os padrões do componente next/image.
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