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O Facebook continua a não conseguir manter os dados dos seus utilizadores seguros durante muito tempo, mesmo depois de todos os escândalos que a empresa tem vindo a verificar nos últimos meses.

A plataforma revelou que um conjunto de centenas de programadores, devido a uma falha no sistema do Facebook, poderão ter obtido acesso a informações não publicas dos utilizadores da plataforma durante mais tempo do que seria suposto. Um dos pontos referidos encontra-se no facto que, em algumas situações, os programadores continuaram a ter acesso aos dados dos utilizadores além do período de 90 dias depois de uma app deixar de ser utilizada.

A empresa deixou esta informação sobre uma mensagem no seu blog, onde esclarece como irá proceder daqui para a frente sobre a recolha de dados que as apps podem realizar das contas dos utilizadores depois de deixarem de ser utilizadas, uma promessa que a empresa tinha vindo a dizer desde 2014 - mas como os casos recentes confirmam, não tem vindo a ser inteiramente aplicada na plataforma em geral.

Desde 2018 que o Facebook corta automaticamente o acesso a dados pessoais dos utilizadores de qualquer app que não seja utilizada durante mais de 90 dias. No entanto, a plataforma agora admite que esta recolha pode não ter sido bloqueada a tempo para muitos programadores, permitindo que os mesmos continuassem a aceder aos dados.

Apesar de a empresa não ter revelado números concretos sobre os utilizadores afetados, a mensagem publicada no blog oficial da mesma indica que os programadores terão obtido acesso a dados como o email, morada, data de nascimento, idioma e género, sendo que o problema afetaria mais de 5000 aplicações na plataforma.

Esta não será a primeira vez que o Facebook enfrenta problemas sobre a recolha abusiva de dados por aplicações, sobretudo associadas com apps que deixam de ser utilizadas. Em 2019 e até 2018 a plataforma verificou casos similares que, na altura, foram associados praticamente com a mesma recolha de informações e no mesmo sentido.