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A Disney anunciou uma mudança estratégica significativa na forma como comunica os seus resultados, revelando que vai deixar de reportar o número de subscritores para os seus serviços de streaming. A decisão, que segue um caminho semelhante ao da Netflix, marca uma nova fase na guerra das plataformas digitais, onde o foco se desvia da quantidade de utilizadores para a rentabilidade geral do negócio.

Uma métrica "menos significativa"

A justificação para esta alteração foi apresentada pelo CEO da Disney, Bob Iger, e pelo CFO, Hugh Johnston. Segundo os executivos, no comentário sobre os resultados trimestrais, os números de assinantes pagos tornaram-se "menos significativos para avaliar o desempenho dos nossos negócios". A empresa acredita que não reportar estes dados "alinhar-se-á melhor com as mudanças no panorama dos media", uma visão que espelha a da Netflix, que em abril passado classificou a contagem de subscritores como "apenas um componente" do seu crescimento.

Os últimos números revelados

O anúncio foi feito após a divulgação dos resultados do trimestre que terminou em junho de 2025. Nestes últimos dados públicos, a Disney reportou um aumento de 2,6 milhões de novos subscritores para o Disney+ e Hulu, elevando o total combinado para 183 milhões de utilizadores. Deste valor, 128 milhões pertencem ao Disney+.

O serviço ESPN Plus, por sua vez, manteve-se estável com 24,1 milhões de assinantes, sem crescimento nos últimos três meses. Em breve, a este serviço juntar-se-á uma nova plataforma de streaming "ilimitada" da ESPN, que incluirá o acesso aos canais lineares da rede.

Financeiramente, o segmento de streaming da Disney registou um aumento de 6% nas receitas em comparação com o ano anterior, alcançando um lucro de 346 milhões de dólares.

Implementação faseada

A transição será gradual. A Disney deixará de reportar os números de subscritores e a receita média por utilizador para o ESPN Plus já a partir do próximo trimestre (Q4 de 2025 do seu ano fiscal). A ocultação dos dados para o Disney+ e Hulu acontecerá três meses depois. A partir desse momento, o foco dos relatórios será a rentabilidade geral da divisão de streaming.