
A saga de videojogos Call of Duty está a caminho do grande ecrã, numa parceria entre a Activision e a Paramount. Contudo, a gigante dos videojogos podia ter seguido um caminho bem diferente, ao lado de uma das maiores lendas de Hollywood: Steven Spielberg. Aparentemente, as exigências do realizador assustaram a produtora.
O "não" a um realizador premiado
Segundo novas informações avançadas pelo jornalista Matthew Belloni do Puck News, Steven Spielberg, um fã assumido da franquia e a mente por trás da série de jogos Medal of Honor — precursora de Call of Duty —, mostrou grande interesse em adaptar o projeto. Através da sua produtora Amblin e da Universal Pictures, apresentou uma proposta à Activision.
No entanto, o negócio não avançou porque Spielberg exigiu controlo criativo total sobre a produção, edição e marketing do filme. A Activision, não estando disposta a ceder o poder sobre a sua valiosa propriedade intelectual, terá ficado "assustada" com as condições e decidiu recusar a oferta.
Paramount, a escolha segura para a Activision
A proposta da Paramount, por outro lado, oferecia um modelo de colaboração mais flexível, permitindo que a Activision mantivesse uma palavra a dizer nas decisões importantes ao longo do processo. Esta abordagem menos restritiva foi o fator decisivo para a escolha.
"Sermos encarregados pela Activision e pelos jogadores de todo o mundo para trazer este universo extraordinário para o grande ecrã é uma honra e uma responsabilidade que levamos muito a sério", afirmou David Ellison, CEO da Paramount, no anúncio oficial. "Estamos a abordar este filme com o mesmo compromisso disciplinado e intransigente com a excelência que guiou o nosso trabalho em Top Gun: Maverick."
De momento, o filme de Call of Duty ainda não tem um realizador, elenco ou data de estreia definidos. A decisão da Activision reflete uma tendência crescente na indústria, onde as produtoras de videojogos procuram manter um controlo apertado sobre as adaptações das suas franquias.