
A chegada dos processadores Snapdragon X Elite ao mercado prometeu revolucionar o ecossistema dos computadores portáteis, especialmente no campo da arquitetura ARM. No entanto, enquanto o ambiente Windows começa a estabilizar, a realidade para os entusiastas do código aberto parece estar a seguir o caminho inverso. Recentes testes de desempenho indicam que, em vez de evoluir, o suporte para estes chips no sistema operativo do pinguim está a sofrer regressões preocupantes.
Um passo atrás na performance
A análise foi conduzida pela plataforma de benchmarking Phoronix, que colocou o chip à prova num cenário teoricamente ideal. Os testes utilizaram a versão mais recente do Ubuntu 25.10 “Questing Quokka”, equipada com o kernel Linux estável mais atual e os pacotes "X1E Concept", desenvolvidos especificamente para otimizar o funcionamento dos chips Snapdragon.
Apesar deste arsenal de software atualizado, os resultados foram desanimadores. Em comparação com os testes realizados em setembro, o hardware demonstrou um comportamento térmico inferior e uma queda significativa na velocidade de processamento. Em alguns cenários, a máquina apresentou um desempenho pior do que nas primeiras avaliações, quando ainda corria o Ubuntu 24.10 sem as otimizações atuais.
Comparável a hardware obsoleto
A gravidade da situação torna-se evidente quando comparamos os resultados com gerações anteriores de processadores. Segundo os dados recolhidos, o Snapdragon X Elite, nestas condições específicas, regrediu para níveis de desempenho equiparáveis aos processadores Intel Tiger Lake e AMD Ryzen 7 Pro, chips que já são considerados obsoletos no mercado atual de alto desempenho.
É importante ressalvar que os testes foram realizados num portátil Acer Swift 14 AI. Embora seja uma máquina reconhecida pela sua qualidade de construção, não se pode descartar a hipótese de que as falhas e a redução de desempenho provocada pelo sobreaquecimento sejam exacerbadas por questões específicas de firmware ou hardware desta unidade em particular. Ainda assim, a recomendação atual para os utilizadores deste sistema operativo é clara: por enquanto, as máquinas com arquitetura x86 continuam a ser a aposta mais segura e estável.
O contraste com o ecossistema Windows
Enquanto a comunidade open-source enfrenta estes obstáculos, o cenário no sistema operativo da Microsoft apresenta-se mais robusto. A gigante tecnológica tem lançado correções consistentes para a sua camada de tradução Prism, e várias grandes empresas de software estão a disponibilizar versões nativas para ARM, consolidando a viabilidade da plataforma para o consumidor final, conforme detalhado pela Tom's Hardware.