
O mercado dos dispositivos "wearables" está a assistir a uma mudança significativa na hierarquia das marcas favoritas dos consumidores. Segundo os dados mais recentes revelados pela Counterpoint Research, referentes ao terceiro trimestre de 2025, a recuperação global das vendas trouxe novidades importantes, com as fabricantes chinesas a ganharem terreno face à concorrência histórica.
Num período marcado por uma taxa de recuperação de 7% nas vendas globais face ao ano anterior, a grande surpresa reside na alteração do "Top 3" mundial, onde a Samsung perdeu o seu lugar habitual.
Xiaomi destrona Samsung com crescimento explosivo
A grande protagonista desta reviravolta é a Xiaomi. A gigante tecnológica registou um aumento impressionante de 22% no seu volume de vendas, o que lhe permitiu conquistar uma quota de mercado global de 9%. Com este desempenho, a Xiaomi ultrapassa a Samsung e assume a terceira posição no ranking mundial de smartwatches.

A estratégia da marca, focada em oferecer especificações robustas a preços competitivos na gama intermédia, parece ter sido decisiva para este resultado. A Samsung, por sua vez, não conseguiu acompanhar este ritmo no segmento, vendo a sua quota cair para os 8%, o que a relega para o quarto lugar da tabela.
Domínio das marcas chinesas
A ascensão da Xiaomi reflete uma tendência mais ampla de domínio por parte das fabricantes oriundas da China. Se analisarmos o topo da tabela, verificamos que três das cinco marcas com maior volume de vendas são chinesas: Huawei, Xiaomi e a Okii.
Em conjunto, estas três marcas representam agora 31% de todas as vendas do setor, marcando um crescimento homólogo de 6%. A Huawei continua a segurar confortavelmente a segunda posição global, detendo 18% do mercado, apenas atrás da líder norte-americana.
Apple recupera e Samsung desliza apesar do Galaxy Watch 8
No topo da tabela, a Apple mantém a sua liderança com uma fatia de 23% do mercado. Após sete trimestres consecutivos de queda, a empresa de Cupertino inverteu a tendência e registou um crescimento de 12% nas vendas. Este impulso é atribuído ao sucesso comercial dos seus modelos mais recentes, nomeadamente o Apple Watch SE e o novo Apple Watch Ultra 3.
Em sentido inverso, a Samsung enfrenta um período desafiante. Mesmo com a série Galaxy Watch 8 já disponível nas prateleiras, a fabricante sul-coreana registou um declínio de 6% no volume total de envios, o que justifica a perda do lugar no pódio para a sua rival direta.










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