De acordo com o portal The New York Times, o Departamento de Defesa dos EUA enviou para o presidente Donald Trump uma nova medida que poderá autorizar o uso de armas nucleares em situações de ciber-ataques.
Os ciberataques podem atualmente ser considerados como uma forma de guerra que tem vindo a aumentar nos últimos anos entre diferentes países. Como exemplo, vários países da Europa e Ásia foram afetados por ataques que causaram interrupções no fornecimento de energia ou outros danos. Nos EUA estas situações também ocorrem, embora num formato mais pequeno.
Porém, com a aprovação do documento conhecido como “Nuclear Posture Review”, este tipo de ataques poderia despertar o uso de armas fora do mundo digital, caso o atacante seja identificado. Atualmente o documento encontra-se na Casa Branca a aguardar a aprovação final antes da publicação.
De notar que, até ao momento, vários ataques realizados em larga escala não possuem uma confirmação oficial do envolvimento das entidades governamentais. Estes costumam ser associados apenas a grupos de hackers separados, sem que seja lançada uma confirmação oficial do envolvimento de estados governamentais.
No entanto existem vários rumores que grupos de hackers são financiados por entidades governamentais para realizarem os mais variados tipos de ataques a outros países, como o que se suspeita ser realizado na Coreia do Norte e Rússia.
Gary Samore, consultador sobre armas nucleares do governo Obama, afirma que o governo deveria analisar o uso de armas nucleares em casos de extrema gravidade e que pudessem resultar em consequências devastadoras para os interesses vitais do pais, dos seus aliados ou parceiros. No entanto, o desconhecido será a parte do que é considerado como “extrema gravidade”, algo que não é totalmente esclarecido pelo governo e também se torna difícil de identificar um ataque realizado por um estado.
De notar que este tipo de ataques pode ser considerado sobre os mais variados formatos. Apesar de ataques conhecidos como DDoS serem os mais comuns, situações de ransomware – como ocorreu com o WannaCry e o Petya em 2017 – também podem ser considerados atos de guerra.
A OTAN — Organização do Tratado do Atlântico Norte, que visa proteger o bom relacionamento de países da América do Norte e Europa ocidental em resposta a qualquer ataque externo à organização — emitiu um comunicado onde afirma que ataques de ransomware podem ser considerados como “guerra” caso afectem sistemas militares ou governamentais em larga escala.
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