O Facebook confirmou recentemente ter recolhido emails e senhas de acesso às respetivas contas sobre mais de 1.5 milhões de utilizadores, de forma não intencional, num processo que vinha a acontecer desde Maio de 2016.
O caso remota ao passado dia 1 de Abril, quando o utilizador “e-sushi” do Twitter reportou que o Facebook encontrava-se a pedir os dados de acesso à sua conta de email como forma de validação. Este processo faz parte dos métodos de verificação da empresa, para validar o email, e permitia que a plataforma acedesse diretamente à conta do utilizador para confirmar a mesma – invés de ter de ser realizado o processo manualmente.
A situação foi rapidamente reportada à rede social, que agora confirmou ter realizado este processo de forma indevida, onde os dados dos utilizadores que utilizaram o sistema podem ter ficado armazenados nos servidores da empresa.
De acordo com o portal Business Insider, a medida foi suspensa pouco depois de ter sido revelada pelo investigador, no início deste mês. No entanto, a rede social confirma que mais de 1.5 milhões de pessoas podem ter utilizado o sistema e os seus dados permaneceram armazenados na rede social.
Com estes dados, a empresa poderia aceder ao email a qualquer momento – apesar de o sistema ter sido utilizado apenas para validar a conta de email no momento do registo. No entanto, numa era em que a privacidade do Facebook está posta em causa, esta medida será mais um ponto negativo para a empresa.
A empresa também confirma que todas as informações guardadas estão a ser eliminadas e não terão sido partilhadas com terceiros. Além disso, os dados eram utilizados apenas no momento do registo e para validação das contas, não sendo realizado nenhum acesso posterior – de acordo com as declarações de um porta voz da rede social.
Apesar das confirmações da empresa, não deixa de ser perturbante saber que a senha de acesos ao seu email poderia encontrar-se armazenada nos servidores do Facebook, e com isto poderiam ter vindo a surgir problemas derivado deste armazenamento ilegitimo dos conteúdos.
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