A Kaspersky tem vindo a enfrentar vários problemas nos últimos tempos, sobretudo relacionados com a privacidade e as suas ligações ao governo russo – de acordo com o que alega o presidente dos EUA, Donald Trump.
No entanto, a empresa volta a ter a sua imagem marcada por um problema com o seu programa, o qual pode comprometer a privacidade dos utilizadores online. As versões “Internet Security” do programa contam com algumas funcionalidades que prometem garantir mais privacidade dos utilizadores na Internet, mas que na realidade possuem o efeito contrário.
Para analisar os conteúdos dos sites acedidos pelos utilizadores no navegador, o programa da Kaspersky injeta um pequeno script em todas as páginas acedidas, que analisa os conteúdos das mesmas e bloqueia certas configurações externas – por exemplo, scripts de tracking, caso o utilizador o tenha configurado para tal.
Apesar de este script ter por base garantir mais privacidade aos utilizadores, também poderia estar, ao mesmo tempo, a comprometer a mesma. O script utiliza um número de identificação único, que permite identificar cada utilizador com o programa da Kaspersky instalado. Como este número é único para cada utilizador, pode rapidamente ser utilizado para identificar um utilizador mesmo que este aceda a partir de diferentes navegadores – ou até utilizando sistemas como redes VPN ou TOR.
Uma vez que o script é injetado em todas as páginas, isto inclui também as páginas acedidas a partir do Modo de navegação Anónima do navegador.
Este problema foi reportado à Kaspersky, que como correção temporária começou a aplicar um número de identificação idêntico para todos os utilizadores do programa. Mas, ainda assim, o problema base mantêm-se, com a possibilidade de os utilizadores terem sido identificados por este número único.
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