De acordo com os dados mais recentes da Google, cerca de 1700 aplicações com o malware para Android “Joker” foram removidas da Google Play Store, desde que o mesmo começou a ser identificado pelo Play Protect em meados de 2017. Esta é a conclusão que a empresa chega analisando os resultados de segurança da loja de aplicações, e que foram publicados num relatório da mesma.
Pelo menos um conjunto destas aplicações terão conseguido escapar aos filtros de analise da Google, chegando à Play Store para serem apenas descobertas alguns meses mais tarde, em Setembro de 2019. O grupo de investigadores da empresa CSIS Security Group revelou 24 aplicações que continham o malware e mais de 472.000 downloads no total.
Este género de aplicações, no inicio, tinham como objetivo levar a fraudes realizadas por esquemas via SMS, nomeadamente com o envio de mensagens para serviços premium de SMS. No entanto, devido a restrições que foram sendo aplicadas no Android, e à própria evolução do sistema de antimalware da Google para a plataforma, os criadores do Joker tiveram de se adaptar também.
Utilizando sistemas enganadores, os utilizadores maliciosos enganam os consumidores a registarem-se em sistemas de subscrição ou pagamentos automáticos. Estes sistemas não são inteiramente automáticos, e ainda exigem a confirmação dos utilizadores finais, mas os atacantes começaram também a expandir o ataque para incluir sistemas que carreguem automaticamente em itens no ecrã, ou realizem ações de forma automática.
Vulgarmente, os utilizadores que acabam por instalar o malware Joker nos seus dispositivos moveis, acabam rapidamente por se aperceber desta situação porque as apps que instalam não fornecem o que originalmente estavam a indicar. Esta é uma tendência que a maioria das apps infetadas por Joker realiza, onde apresentam-se na loja de aplicações como sendo destinadas a um fim, mas na realidade não executam essa finalidade.
No final, os criadores do malware Joker estão a adaptar-se constantemente às mudanças que o mercado encontra-se a realizar, o que será perigoso para os utilizardes finais. Com a adaptação constante, é consideravelmente mais simples um utilizador acabar por ser infetado, mesmo que tome todas as precauções para que tal não aconteça.
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