A Google tem o habito de desenvolver novas funcionalidades para o seu navegador, o Google Chrome, que em grande parte podem mesmo chegar a mudar a forma como se trabalha na Internet.
Sendo um dos navegadores mais utilizados a nível mundial, o Chrome possui grande impacto na forma como a Internet é desenvolvida, e como tal, novas funcionalidades para o mesmo podem por vezes causar mudanças a nível mais abrangente do mercado.
Uma recente funcionalidade em testes, porém, tem vindo a causar alguma controvérsia. Em causa encontra-se a nova funcionalidade “Scroll To Text Fragment”, que começou a ser implementada no Chrome 80.
Esta nova funcionalidade permite que os utilizadores sejam direcionados para um fragmento de texto especifico dentro da página. O funcionamento é bastante simples, e apenas necessita que uma pequena string seja adicionada no link da página de destino – onde o navegador irá depois apontar diretamente para essa secção da página.
Ou seja, é praticamente um sistema de pesquisa que já se encontra no navegador, mas que invés de ser acionado manualmente pelos utilizadores, poderia ser aplicado como um “atalho” para os links partilhados – através do uso da string “#:~:text=” – por exemplo, https://tugatech.com.pt/#:~:text=google
Apesar de a funcionalidade ser útil para facilitar a partilha de conteúdos, permitindo aos utilizadores acederem rapidamente ao conteúdo que importa, existe quem também não esteja de acordo com o surgimento da mesma.
David Baron, funcionário da Mozilla, revelou em meados de Dezembro que apesar de a funcionalidade ter utilidade para o dia a dia de muitos, também pode introduzir outros problemas relacionados com a segurança e privacidade.
Um dos exemplos deixados pelo utilizador pes10k no GitHub diz respeito à recolha de informações que pode ser realizada. Num sistema de uma empresa que recolha o tráfego DNS da rede local, e onde o administrador da rede possa ter acesso a todos esses registos, a funcionalidade pode permitir identificar e partilhar rapidamente links específicos de certas pesquisas ou acessos dos funcionários.
Esta funcionalidade tem vindo a ser fortemente contestada, e apesar de a Google estar aberta a feedback da comunidade, o seu poder sobre o controlo da mesma também deixa algo a desejar – sobretudo tendo em conta que os planos parecem mesmo ser os de lançar a funcionalidade.
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