Durante o dia de ontem, o Presidente dos EUA Donald Trump deixou algumas declarações bastante controversas, e que rapidamente se espalharam pelos meios sociais, sobre possíveis “injeções” com desinfetante como forma de evitar a propagação do COVID-19.
Durante uma sessão de esclarecimentos, o presidente eleito dos EUA terá referido que a sua equipa de investigadores estaria a testar o uso de luz ultravioleta forte como meio de combater o COVID-19. Mas as declarações que causaram maior impacto foram a do uso de desinfetante por injeção, com vista a “limpar” o corpo do COVID-19.
Esta ideia parte de como os desinfetantes podem ajudar a reduzir a propagação do COVID-19, desde que feito fora do corpo humano – o lavar as mãos regularmente com sabão ou gel desinfetante, por exemplo.
Mais tarde, quando questionado sobre esta questão, o presidente terá referido que a questão foi colocada de forma sarcástica para os meios de imprensa presentes no local. Seja qual for o motivo, estas ideias não são algo novo.
Numa época onde as redes sociais são um ponto importante para a partilha de informações, e onde cada vez mais se utiliza as mesmas para não só obter informações sobre o coronavírus como também difundir ideias e opiniões, existem cada vez mais teorias relacionadas com o vírus que são tomadas como certas, e que podem ter drásticos impactos na sociedade em geral.
A ideia da injeção de desinfetante é algo que tem vindo a ser partilhado como ideias e teorias da conspiração por praticamente todas as redes sociais. O facto de ter sido amplificada sobre o presidente de um pais torna a ideia ainda mais abrangente para o publico em geral, mas abre também as portas para possíveis consequências drásticas junto da população.
Pouco depois das declarações do presidente dos EUA, várias marcas de produtos desinfetantes nos EUA tiveram de utilizar as redes sociais e os seus meios para difundir a ideia de que os seus produtos devem ser utilizados apenas para os fins que foram destinados, e que a utilização dos mesmos no corpo humano pode ter graves consequências.
Existem vários utilizadores que lançaram genuinamente questões sobre se beber lixívia pode ser um método de combater a propagação do COVID-19 ou eliminar o mesmo do corpo, e sem qualquer estudo cientifico que comprove o contrário, este ato pode ser um risco grave para a saúde publica – sobretudo porque existe muita gente que é capaz de o realizar em tempos de receio.
Pela Internet é possível encontrar-se vários casos de utilizadores a questionarem diversas teorias sobre o COVID-19, algumas das quais podem colocar em sério risco a saúde sem qualquer comprovação científica que seja benéfico para a saúde.
No final, cada utilizador deverá ter conceito de bom senso para analisar quais as informações que devem ser tomadas como verdadeiras ou não. Sobretudo numa altura de incertezas, e até que existam provas em contrário com testes científicos feitos a demonstrar os resultados, o melhor será seguir a recomendação das Organizações Mundiais de Saúde: lavar as mãos, privilegiar o isolamento social e ter cuidados no dia a dia.
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