O Departamento de Justiça dos EUA revelou esta semana ter avançado com uma queixa por monopólio contra a Google, alegadamente pelo abuso de posição no mercado por parte da empresa relativamente ao seu negócio de pesquisa online.
Em causa encontra-se a forma como a Google tem vindo a manter-se o motor de pesquisa mais usado da Internet, e as formas que a empresa aplicou ao longo dos anos para prejudicar pequenas empresas que se tentaram expandir neste mercado.
De acordo com a queixa, a Google terá assinado contratos exclusivos para que o Google fosse o motor de pesquisa padrão pré-instalado nos dispositivos dos utilizadores, invés das alternativas rivais. A queixa sublinha ainda como a Google força a instalação da sua app de pesquisa nos dispositivos moveis dos utilizadores, sem que os mesmos tenham a capacidade de o remover facilmente.
Um dos pontos assentes na queixa encontra-se também no facto que a Google paga para a Apple manter o Google como o motor de pesquisa padrão dos seus sistemas e nomeadamente do Safari. A Google paga mais de 12 mil milhões de dólares à Apple todos os anos para se manter como o motor de pesquisa padrão nos seus serviços, o que corresponde a 20% da receita da empresa. Além disso, existem também documentos internos sobre este negócio, e como uma quebra do mesmo seria considerado um “caso grave” a analisar pela empresa.
Em resposta, a Google afirma que o caso contra a mesma possui falhas graves. A empresa refere, no exemplo dado relativamente à Apple, que a empresa opta por usar o motor de pesquisa da Google por o próprio Tim Cook considerar que o mesmo é “um dos melhores” atualmente existentes. A empresa também sublinha que, ao contrário do que é descrito na queixa, o Google não se encontra pré-instalado em todos os dispositivos, sendo dado o exemplo de computadores com o Windows – onde o Bing é o motor de pesquisa padrão.
A empresa sublinha ainda que as pessoas usam o Google porque escolhem assim faze-lo, e que a empresa não força os consumidores a optarem pelos seus serviços em deterioramento dos outros.
Será interessante analisar o futuro desta queixa, além de que esta não é a primeira vez que a Google é acusada de abuso da sua posição no mercado – entre outros problemas.
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